sábado, 28 de agosto de 2021

Assim surgiu a ideia do Partido da Fé e da Política: Deus no nome do partido e na minha reflexão

 

Imagem com a gatinha Joina apresentando o conteúdo "Assim surgiu a ideia da criação do Partido da Fé e da Política"
Fazia dois anos que eu consultara Deus sobre a criação do partido político. Naquela manhã ele me trazia a resposta ao me revelar o nome do partido e me fazer compreender que era chegada a hora.
Veja neste relato como isso aconteceu.

ASSIM SURGIU A IDEIA DA CRIAÇÃO DO PARTIDO DA FÉ E DA POLÍTICA

DEUS NO NOME DO PARTIDO E NA MINHA REFLEXÃO

 

INTRODUÇÃO

Era uma manhã como outra qualquer. Eu nos meus afazeres domésticos de todos os dias. Nada de inusitado senão um pensamento a me provocar insistentemente. Uma vontade meio imperativa: liga a televisão! Algo que eu jamais fazia durante as manhãs. Naquela, porém, sentia-me levada a ligá-la. Peguei o celular e o postei sobre a mesa próximo da pia onde eu estava. Dali eu poderia ouvir o canal acessado. Foi o exato momento em que o convidado adentrava o programa. Era o médico Sílvio Mendes, ex-prefeito de Teresina. Ele seria o entrevistado do programa.

Imagem de um desenho artístico representando uma mulher lavando louça numa pia e falando a relação religião e política.
Desenho artístico: Religião e Política

Era uma entrevista de natureza política na qual o ex-prefeito defendia a candidatura de Kleber Montezuma à Prefeitura de Teresina nas eleições daquele ano de 2020. No avançar da entrevista, salvo engano, Sílvio Mendes afirmara não discutir religião e política em determinados lugares ou circunstâncias por se tratar de uma discussão que não levava a termo algum. Falava de uma relação que eu já ouvira noutros tempos de forma desapercebida. Naquele momento, porém, não.

Ouvir a relação religião e política foi o suficiente para um turbilhão de imagens se construir em minha mente e me levar a um lugar outro. Vi-me então envolta em meus pensamentos num levante reflexivo que me fez esquecer o celular sobre a mesa e me desligar totalmente dos rumos daquela entrevista. Desterritorializada, senti meus pensamentos se verbalizarem num grito incontido, tamanha a força irrompida: Partido da Fé e da Política! Pus-me a exclamar repetidamente muito eufórica em meio ao riso e ao sabão espumante em minhas mãos. Eu não me continha de tanta satisfação com aquele desfecho. A vontade imperativa de ligar a televisão era Deus em meu auxílio. Logo eu soube.

Imagem de um desenho artístico demonstrando uma mulher lavando louças na pia e falando da relação Deus Fé e Política.
Desenho Artístico: Relação entre Deus, Fé e Política: Tudo a Ver!


Sim! Partido da Fé e da Política! Um partido político que eu entendia como a resposta de Deus frente a determinadas inquietações minhas. Primeiro, em relação à implementação dos projetos sociais que eu pretendia desenvolver. Depois, decorrentes de minha ação missionária junto à paróquia local. Neste caso, eu não estava tão certa da missão. Mas nela permanecia por acreditar que os seus ensinamentos realizavam um propósito de Deus em minha vida. No entanto, tratava-se de um lugar em que se aceitava tacitamente o imperativo: é proibido falar de política! Era então o lugar das questões religiosas que não se misturavam com questões políticas!

Era esse o consenso silenciado. No entanto, a política me interessava. Era o campo de minha atuação nos projetos sociais aos quais me lançava. A questão então era encontrar um espaço único no qual eu pudesse conciliar a política e os meus atos de fé com os quais eu aprendia a conviver. Desde antes da ação missionária. Mas que me constituíam como missionária iniciante. Como desenvolver então meus atos de fé em contextos políticos com os quais me depararia na implementação dos projetos sociais ainda apenas idealizados?

Desde o ano anterior eu buscava em Deus um lugar que me permitisse conciliar fé e política. Campos de atuação aparentemente tão díspares que me pareciam dicotômicos. Como eu poderia cuidar de um sem prescindir do outro? Pois não é que naquele momento Deus me trazia a resposta! Num partido político! Um partido cujo nome já me caía pronto a partir do pronunciamento do ex-prefeito Sílvio Mendes.

Naquele momento, entendi então que o ex-prefeito fora instrumento de Deus em meu auxílio. Por meio dele, Deus me trazia a resposta às consultas que eu lhe fizera dois anos antes. Mais do que isso: levara-me a refletir a relação da fé em Deus com a política de uma forma que eu jamais fizera. Até então eu compartilhava a compreensão geral sobre a qual eu jamais refletira. O senso comum que nos diz que religião ou as coisas de fé e as de política provêm de saberes distintos que não se misturam e neles se mantêm. 

Naquele momento, porém, eu me deparava talvez pela primeira vez com a reflexão acerca daquela relação. Então eu a compreendia com todas as possibilidades. Nada de disparidades. Nem dicotomias. Só tudo a ver. Era o que Deus me mostrava na força de meus pensamentos. Uma força que me levava a recordar as minhas leituras bíblicas e lá encontrar parte dos fundamentos daquela relação. A outra parte, a própria reflexão encontrava em cenários políticos de minhas vivências, embora em contextos mais observados e menos vivido efetivamente.

Assim nascia a ideia do Partido da Fé e da Política. Uma ideia bastante embrionária, ainda sem forma, mas carregada de possibilidades de se tratar de questões de fé em Deus e de questões de Política num mesmo espaço. Tudo a ver. Era tudo o que meus pensamentos me traziam naquele momento: as possibilidades de conexões entre um campo e outro na grande arena política. 

A primeira vez que me surgiu a ideia de criação de um partido político foi na elaboração do projeto social Fazendo Valer o Nosso Voto. Um projeto de incentivo à participação política cujas ações poderiam ser perfeitamente implementadas num partido político. Não apenas por se tratar de um projeto de muita complexidade e grande abrangência de público. Mas principalmente por seus caracteres de participação na política partidária de forma ativa e mais efetiva.

Então já não havia dúvida. Era no partido político que eu deveria investir.


Você terminou de conhecer o sétimo conteúdo do caminho SMF Fé e Política.

Espero que tenha gostado e acompanhe os conteúdos da sequência.

Veja o conteúdo anterior: Fé em Deus sim Senhor! Por que não?


A você, meus agradecimentos!

Deus esteja com você!

Sônia Ferreira

Teresina, 28 de agosto de 2021.

Fé em Deus sim Senhor! Por que não?

 

Imagem com a gatinha Joina apresentando o conteúdo "Fé em Deus sim Senhor! Por que não?"
Tudo o que Deus quer de nós é que vivamos sob a sua Lei, que o reconheçamos como Senhor de nossa vida e cuidemos uns dos outros revelando assim o seu amor para conosco.
Por que então o espanto ao afirmarmos nossa Fé em Deus?


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FÉ EM DEUS SIM SENHOR! POR QUE NÃO?

 

Que mundo é este que nos estranha e nos vê menor ao afirmarmos nossa Fé em Deus?

Não seria certamente o mesmo mundo que matou Jesus Cristo e os profetas antes dele?

Afinal, a Fé é um conhecimento poderoso!

E a Fé em Deus, um atentado aos interesses do mercado do capital

e a interesses pessoais de poder.

Imagem de fundo amarelo e branco questionando esse mundo que nos estranha e nos vê menor ao afirmarmos nossa Fé em Deus. Não seria o mesmo mundo que matou Jesus Cristo e profetas antes dele?

Temos a nossa fé e a nossa crença. Isso é sabido e aceito por todas e todas. Ou não?

Mas afirmar a fé em público com expressões do tipo

Graças a Deus!

Com fé em Deus!

Se Deus quiser!

Glória a Deus!

É despertar olhares de espanto ou de recriminação ou de negação. Muitas vezes!
É nos tornar estranho e estranha àquele e àquela que nos ouve e nos olha.

Ou não?
Como se a Fé em Deus fosse algo para ser guardado e silenciado.

Algo menor que de tão pequeno nem se deveria mostrar.
No entanto

Não há conhecimento Maior e Mais Valioso!

Exatamente porque conhece a realidade supra-humana.

A Realidade de Deus!

A Racionalidade Divina!

O Caminho, a Verdade e a Vida!

Nosso Senhor Jesus Cristo!

Realidade que somente a Fé conhece!

A você, meus agradecimentos!

Deus esteja com você!

 Sônia Ferreira

Teresina, 28 de agosto de 2021


Você terminou de conhecer o sexto conteúdo do caminho SMF Fé e Política

Espero que tenha gostado e continue nesta sequência.

Imagem de fundo amarelo e branco afirmando que a fé é um conhecimento poderoso e que a fé em Deus é um atentado aos interesses do mercado do capital e a interesses pessoais de poder.



sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Histórico do Projeto Social Fazendo Valer o Nosso Voto: as ideias originárias

 

Imagem com a gata Lady Miau apresentando o conteúdo "Histórico do projeto social Fazendo Valer o Nosso Voto".
Este conteúdo inicia uma sequência do histórico do projeto Fazendo Valer o Nosso Voto. Serão apresentadas as ações executadas no início da implementação do projeto em 2018. Uma tentativa de divulgar o projeto.
Veja como começou.

HISTÓRICO DO PROJETO SOCIAL FAZENDO VALER O NOSSO VOTO

AS IDEIAS ORIGINÁRIAS  


O QUE É O FAZENDO VALER O NOSSO VOTO?

O Fazendo Valer o Nosso Voto é um projeto social de fortalecimento do Serviço Público em início de construção, buscando se afirmar como movimento social permanente, organizado, articulado e construído sob dois objetivos:

1) Defender o Serviço Público de Bem Comum para que tenhamos serviços públicos na quantidade e com a qualidade que buscamos, que merecemos e que temos direito como cidadãos brasileiros e cidadãs brasileiras. Quem busca, pode encontrar. Busquemos, pois, um Serviço Público de Bem Comum para que tenhamos serviços públicos para todos os brasileiros e brasileiras.

2) Proteger a Constituição Brasileira para evitar que seja alterada conforme a conveniência do momento, de modo a proteger sempre as garantias constitucionais e os direitos assegurados. Quem ama, cuida. Cuidemos, pois, da nossa Constituição Federal, a nossa Carta Magna.

A ênfase no Bem Comum é para que nunca percamos de vista esse aspecto: o Serviço Público é a grande Máquina Pública, o grande motor gerador e gestor de serviços públicos para Todos, é o motor da Coletividade, do Interesse Público, da População em Geral e, por isso, jamais devemos desejar os Recursos Públicos, que o mantêm, como bem /////////privado, como algo pessoal, particular, coisa muito desejada nessa ética perniciosa instalada e tolerada há muito tempo em nosso país; uma ética pela qual a apropriação dos recursos públicos pelo interesse privado é vista como normal, aceitável e até desejável por muitos, o que faz com que muitos queiram levar alguma vantagem na apropriação de recursos públicos, num grau maior ou menor, conforme as suas possibilidades e acessos.

Ao se falar de interesse privado, consideremos tanto organizações privadas que se utilizam de recursos públicos para manter seus interesses privados, quanto a nós mesmos como pessoas comuns nas nossas ações do dia a dia, no nosso desejo de tentar levar vantagem, por exemplo, quando aceitamos um cargo comissionado para receber algum recurso público no fim do mês sem cumprir expediente ou sem dar a contrapartida necessária, ou quando votamos com a promessa de ganhar algum cargo público ou outras benesses, ou quando nos utilizamos do nosso cargo público para favorecer aos amigos em detrimento da pessoa anônima representativa da grande massa destinatária dos serviços públicos.

O Movimento Fazendo Valer o Nosso Voto se contrapõe a essa ética perniciosa que faz com que o bem público seja tomado como bem privado; se contrapõe a essa ética pautada na insignificância do outro, no desrespeito, na desonestidade; se contrapõe a essa ética na qual se criam e se fortalecem a corrupção, os corruptos, os corruptores e os corruptíveis; logo, uma ética de alta periculosidade ao Serviço Público de Bem Comum, voltado à população em geral, indistinta, anônima, sem cara e sem rosto definidos, aos seus interesses, necessidades e expectativas.

O Fazendo Valer o Nosso Voto foi pensado originalmente como a construção de um movimento que agregasse distintos setores da sociedade na execução de suas ações a partir das eleições de 2018.


Em se contrapondo, o Movimento Fazendo Valer o Nosso Voto propõe a construção de uma nova ética, uma ética pautada no Bem Comum, ou seja, uma ética na qual possamos considerar os outros como pessoas dignas dos mesmos direitos que atribuímos a nós mesmos.

Para isso, na construção dessa nova ética, é preciso novos modos de agir na nossa relação com os serviços públicos, com os órgãos públicos, com os nossos governantes, com os nossos representantes nas casas legislativas e, principalmente, com nós mesmos enquanto eleitores e eleitoras. E tudo começa com o nosso Voto. Daí o nome do Movimento “Fazendo Valer o Nosso Voto”. E isso pressupõe participação ativa, engajamento, vigília, mas, sobretudo, ação constante. Sem ação não há mudança.

Como meio de busca desses novos modos de agir, inicialmente, o Movimento FVNV apresenta a proposta intitulada “Defesa do Serviço Público de Bem Comum em 1001 Ações Coletivas”. É um meio de luta, de busca por serviços públicos com a qualidade e a quantidade que atendam a todos e a todas; ou seja, um meio de fazer funcionar a grande máquina pública em prol da população.

E ainda, o FVNV é um meio proativo de participação popular na política eleitoral, de modo que possamos iniciar a construção dessa nova ética no Serviço Público. Isso, a partir  de uma nova relação com os nossos representantes nas casas legislativas, com os nossos governantes nos palácios de governos, com o Serviço Público em seus vários órgãos da Administração Pública e com os serviços públicos onde quer que estejam.

Logo, o FVNV é um Movimento político, de ideias políticas, voltado para a ação, mobilização, e construção coletiva de novas bases políticas para o nosso país, um país possível para todos nós brasileiros e brasileiras. E tudo isso já considerando as próximas Eleições. Participemos, pois, ativamente, das Eleições 2018.

O momento não poderia ser mais oportuno para nossa participação ativa no processo eleitoral, pois deputados e senadores no Congresso Nacional revelam a cada ação que não nos representam como deveriam, que não respeitam o nosso voto, que não estão preocupados com os nossos anseios e as nossas necessidades enquanto população brasileira. Há muito negaram a aliança com o povo com os votos com os quais os elegemos.

E certamente o modo de agir do Congresso Nacional tende a ser o mesmo das Assembleias Legislativas estaduais e das Câmaras Municipais; e o modo de agir do Planalto da Alvorada, certamente não se diferencia muito do modo de agir dos palácios de governos estaduais e municipais, pois todos se submetem à mesma ética perniciosa que lhes faz esquecer o compromisso com o povo, a palavra empenhada aos eleitores por meio do voto, e a obrigação da lisura e transparência em suas ações. Que me perdoem os que se salvam como exceções.

Daí a necessidade de, pelo menos, tentarmos um novo jeito de fazer e de pensar a política brasileira, para que se fortaleça o Serviço Público de Bem Comum e, assim, a qualidade dos serviços públicos ganhem cada vez mais destaque na vida de brasileiros e brasileiras, pois, do jeito que está é que não dá mais para continuar. Vamos, pois, tentar mudar esse rumo; tentar construir uma nova história!... E o momento não poderia ser mais oportuno. Preparemo-nos, pois, para as Eleições 2018 com proposições e propostas objetivas.

Fazendo Valer o Nosso Voto! 

Adote e Compartilhe essa Ideia!

Conheça a proposta de Defesa do Serviço Público de Bem Comum em 1001 Ações Coletivas

Participe desse Movimento!  Junt@s seremos mais fortes!

Participe dessa construção de fortalecimento da nossa democracia!

Façamos valer o que diz a nossa Constituição Federal: “Todo o poder emana do povo”.

Façamos valer, pois, o nosso Poder Soberano.

Levante essa bandeira!

 

Sônia Ferreira

Teresina, 10 de maio de 2018.

 

Este conteúdo foi postado pela primeira vez em maio de 2018 no

blog fazendo valer o nosso voto desativado em 2020.

Mas devido à sua atualidade, eis que o publico novamente.

A vocês, meus agradecimentos!

Deus esteja com você!

Sônia Ferreira

Teresina, 27 de agosto de 2021


Adote e Castre: projeto social de incentivo à adoção e à castração de cães e gatos

 

Imagem com a gata Lady Miau apresentando o conteúdo "Adote e Castre: projeto social de incentivo à adoção e à castração de cães e gatos".
Conheça o projeto Adote e Castre! Veja como funciona a rede de apoio à pessoa adotante de cães e gatos. Um projeto pronto para ser implementado. Conheça!

ADOTE E CASTRE

PROJETO SOCIAL DE INCENTIVO À ADOÇÃO E À CASTRAÇÃO DE CÃES E GATOS


Você está na sequência de conteúdos do caminho SMF Projetos Sociais e no primeiro conteúdo sobre o projeto Adote e Castre. Para ver o conteúdo seguinte Clique Aqui. Para ver o conteúdo anterior Clique Aqui.

 

O QUE É O PROJETO ADOTE E CASTRE

O projeto social Adote e Castre é um projeto de incentivo à adoção de cães e gatos por meio da construção de uma rede de apoio e colaboração em torno do adotante, viabilizando a castração do animal adotado totalmente sem custos e a aquisição de medicação e alimentação animal com custos reduzidos.

A construção da Rede de Apoio e Colaboração (RAC) pretende-se alcançada com a adesão de pessoas físicas nas categorias adotantes, colaboradores e colaboradoras, e voluntários e voluntárias; e pessoas jurídicas nas categorias agentes clínicos, agentes shop e patrocinadores.

Associadas às ações referentes à adoção e à castração de cães e gatos, o projeto pretende a discussão de questões sociais associadas a políticas públicas de áreas afins e contribuir com o fortalecimento da consciência popular acerca da problemática de cães e gatos vagantes e em situação de abandono. A discussão dar-se-á tanto por meio de atividades de divulgação do projeto, quanto por meio de eventos de formação[1] visando à busca de alternativas para o enfrentamento das situações postas por meio de políticas públicas.

O projeto Adote e Castre pretende-se instituir como um projeto de tempo indeterminado; porém, assumindo novas configurações à medida que se consolidarem políticas públicas que contemplem seus objetivos. Uma vez integradas suas ações a alguma política, as ações do projeto serão redefinidas no todo ou em partes para se ajustarem ao controle social da respectiva política.

Em períodos oportunos, o projeto será avaliado em diferentes momentos da sua implementação, visando redefinir procedimentos e identificar o impacto de suas ações na cidade onde forem implementadas. Também contribuir com a qualificação de setores da população nas ações de avaliação. Isto porque a avaliação pretende contar com a participação de setores da população envolvidos nas ações, especialmente pessoas integradas à rede de apoio e colaboração por livre manifestação.

 

REDE DE APOIO E COLABORAÇÃO: UMA REDE SOLIDÁRIA

A construção da Rede de Apoio e Colaboração (RAC) do projeto Adote e Castre dar-se-á com a integração de pessoas físicas e jurídicas classificadas nas seguintes categorias:

a)  Adotante: pessoa física que adotar pelo menos um gato ou um cão de qualquer sexo, assegurando-lhe local de morada em ambiente domiciliar e assumindo por ele a responsabilidade com os cuidados de manutenção e conservação da sua vida com saúde, segurança e bem-estar;

b) Colaborador e Colaboradora: pessoas físicas que contribuem financeiramente com a pessoa Adotante na castração do animal adotado, contribuindo com as ações de cuidados e tratamentos relativos à promoção da saúde e à conservação da vida do animal;

c) Voluntário e Voluntária: pessoas físicas que contribuem voluntariamente com a pessoa Adotante, oferecendo sua ajuda ao transporte do animal adotado conforme a necessidade e contribuindo com ações de tratamento da saúde do animal em domicílio;

d) Agente Clínico: pessoa jurídica de natureza hospitalar ou de clínica veterinária que realiza cirurgias de castração e/ou outras intervenções clínicas e cirúrgicas e tratamentos relativos à promoção da saúde e à conservação da vida animal;

e) Agente Pet: pessoa jurídica de comercialização de produtos e/ou serviços de natureza veterinária. Classificam-se nessa categoria clínicas veterinárias e estabelecimentos de comércio e serviços de produtos veterinários em condições de atender ao projeto com alimentação e medicação de uso destinado a cães e gatos.

f) Patrocinador: pessoa jurídica de áreas afins aos objetivos do projeto que contribuam com a promoção de eventos e divulgação das ações mediante produtos e mídias de comunicação impressas ou digitais.

O critério de seleção das pessoas físicas e jurídicas a se integrarem à RAC na categoria escolhida é por meio da livre manifestação da vontade e do aceite das regras especificadas no Regulamento do projeto. No caso de pessoas físicas, considerar-se-á a idade mínima de dezoito anos. Em se tratando de menores, a sua vontade de integração somente será atendida com anuência dos pais ou responsáveis, em nome dos quais será efetivado o cadastro.

A RAC se define como uma rede solidária de incentivo à adoção e apoio à castração de cães e gatos.  Define-se ainda como estratégia de articulação do projeto Adote e Castre pela qual se procura alcançar a unidade nas ações, a integração dos diferentes grupos envolvidos e os resultados esperados.

Em se definindo como rede solidária, a construção dessa rede mobiliza distintos setores da sociedade em favor de um determinado segmento: o adotante de cães e gatos, especialmente o de baixa renda. Atua então no fortalecimento da solidariedade entre os membros e na proteção à vida de animais domésticos, sendo esses os valores que fundamentam a articulação entre os membros e viabilizam a execução das ações. 

REPLICAÇÃO E MULTIPLICADORES DO PROJETO

O projeto Adote e Castre está estruturado de tal forma que a sua implementação se torna possível a quaisquer cidades do território brasileiro cuja problemática social requisite respostas para a superpopulação de cães e gatos abandonados e sem amparo pelas ruas e lugares públicos. No entanto, a sua replicação é condicionada igualmente à construção da Rede de Apoio e Colaboração, condição necessária à implementação das ações.

De outra forma, uma vez implementado o projeto, a replicação se torna mais possível no decurso da implementação pela possibilidade de se formar multiplicadores das ações. Isto porque cada membro inserido no processo adquire conhecimentos que o capacitam ao exercício das ações em seu conjunto, em toda a sua dinâmica e articulação.

Com a construção da Rede de Apoio e Colaboração, a participação da população no projeto Adote e Castre é sempre uma possibilidade central. Os integrantes e as integrantes se instituirão como gestores e gestoras do projeto, uma vez integrados e integradas como membro de uma das categorias referidas e a partir delas participando voluntária e ativamente do conjunto de ações concernentes à implementação. É um projeto que prevê participação ativa em todo o seu desenvolvimento.

A participação se torna então um requisito básico nas seguintes fases da implementação do projeto: planejamentos, reelaboração ou redefinição de diretrizes do regulamento; redefinição de ações; realização de pesquisas vinculadas aos temas abordados; avaliação dos resultados; elaboração de relatórios e documentos a serem publicados. Apesar de direcionada a integrantes, a participação nessas ações será extensiva a público não integrante.

Por isso, cada fase será precedida de um chamamento público para possibilitar a participação da população na atividade em pauta. Exemplo: “No período de X a Y, o projeto social Adote e Castre elaborará o seu Relatório de Atividades do ano. Os membros colaboradores interessados em participar, inscrevam-se no dia X, no horário de X a Y. São apenas X vagas.” A partir do dia seguinte a esse período, serão realizadas inscrições de público não integrado ao projeto.”

COMO TUDO COMEÇOU

A ideia do projeto Adote e Castre nasceu em 2015 quando me vi às voltas com três gatinhos recém-nascidos de dona Branca, uma gata de rua que eu acolhera. A ideia inicial era apenas conseguir pelas redes sociais alguém que os adotasse.

Mas nem coloquei a ideia em prática, pois eu própria já me havia capturado pelo olhar dos bichanos, que permanecem comigo até hoje, salvo o Epaminondas, que certo dia amanheceu estendido no asfalto. Ainda em tenra idade. Nem havia experimentado o primeiro cio.

Mas não me dissuadi da ideia; pelo contrário, virou raiz, inclusive porque a lida com a prole felina me fez perceber o quanto de gatos abandonados havia na minha região de morada. Foi quando percebi os gatos de rua impregnando o meu olhar. Eles o atravessavam onde quer que eu estivesse ou fosse. Nos caminhos por onde eu andava, sempre via um ou outro se esgueirando entre os escombros de casas abandonadas, nos arbustos das orlas das calçadas, no entorno de bares e restaurantes; enfim, em praticamente todos os lugares de convivência humana por onde eu passava.

Então o que era um projetinho virou um projeto com algumas ações a mais, o qual apresento agora com o intuito de incentivar a adoção de gatos e mobilizar a população para o apoio à pessoa adotante, facultando-lhe ajuda à castração e à alimentação do bichano adotado.

Enfim, trata-se de um projeto com a possibilidade de envolvimento de grande parte da população em suas ações, visando minimizar o abandono de gatos nas ruas da cidade e lhes proporcionar uma vida com segurança no aconchego de um lar. As mesmas ações destinadas a gatos e gatas são extensivas a cães vira-latas que vivenciam a mesma realidade dos felinos e felinas pelas ruas e recôncavos de cidades. 

Você terminou de conhecer o sexto conteúdo do caminho SMF Projetos Sociais

Espero que tenha gostado e acompanhe os conteúdos da sequência.

A você, meus agradecimentos!

Deus esteja com você!

 

Sônia Ferreira

Teresina, 27 de agosto de 2021.

 




[1] Consideram-se eventos de formação no âmbito do projeto Adote e Castre: seminários, fóruns de discussão, grupos de estudos e avaliação, pesquisas. Enfim, atividades que possibilitem o aprofundamento de estudos e debates de questões associadas aos objetivos do projeto, seja no âmbito das políticas públicas associadas ou no acadêmico. Isto à medida que o projeto se consolide na implementação das ações.


sábado, 21 de agosto de 2021

Para que serve um Partido Político?

 

Imagem com a gata Joina apresentando o conteúdo "Para que serve um Partido Político?"
Neste conteúdo, convido você a refletir sobre a serventia, a importância e a qualidade de nossos partidos políticos ao tempo em que apresento a minha opinião. Inclusive, chamando atenção para a periculosidade das coligações partidárias para o interesse público e para a democracia representativa.

Você está numa sequência de conteúdos do caminho SMF Fé e Política.

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PARA QUE SERVE UM PARTIDO POLÍTICO?

 

A Constituição Brasileira de 1988

diz que para ser candidato e candidata a algum cargo

eletivo é preciso ser filiado e filiada a algum partido político (CF Art. 14, § 3º, Inciso V).

O presidente eleito em 2018 saiu do partido

ao qual era filiado e passou grande parte de seu mandato sem partido.

Virou um presidente sem partido até que precisou se filiar novamente para poder concorrer à reeleição em 2022.

Enquanto permaneceu sem partido, contrariou um preceito da Lei Maior do Estado Brasileiro!

Nesse período, deparamo-nos com um absurdo maior do que o outro

ou o absurdo de um presidente sem partido

ou o absurdo de um país sem presidente.

Qual teria sido o absurdo maior?

Creio que os dois absurdos se complementam e nisso se igualaram

embora tenham se anulado na seguinte contradição.

Vivemos o absurdo de um país sem presidente

que reconheceu o presidente sem partido

que saíra do partido que o elegera e ficara sem partido 

por não observar o preceito constitucional que o obrigava à filiação partidária


De forma nenhuma um representante do povo poderia ficar sem partido em seu mandato, exatamente porque contrariaria a razão primeira e condição necessária pela qual e com a qual se elegera. Ao se desfiliar do partido observando uma lei que lhe permitiu desfiliar-se, ele não apenas feriu a Lei Maior como também a constrangeu diante de sua própria contradição.

Imagem de fundo azul questionando a serventia de um partido político.
Para que serve um Partido Político? Se a Constituição exige filiação partidária para que nos tornemos elegíveis, por que então a lei dos partidos políticos nega essa filiação para eleitos e eleitas?


A pergunta que fica é:

Como é que para se candidatar e se tornar elegível é preciso estar filiada ou filiado a um partido político e uma vez eleita ou eleito pode-se desfiliar e assim permanecer?

Acaso a pessoa eleita ao se tornar representante do povo não se torna maior do que a não eleita?

Não deveria, pois, ser a primeira a cumprir o preceito constitucional que afirma nossa democracia representativa?

Ao se desfiliar e ficar sem partido a pessoa passa a representar quem? Ela própria?

Por isso pergunto ainda?

Pelo preceito constitucional não ficamos nós sem Presidente da República por todo 

o tempo em que o presidente sem partido ficou sem partido?

 

Imagem de fundo amarelo questionando "Se para se eleger é preciso filiação partidária, também não o seria depois de eleito e eleita?"
Se para se eleger é preciso filiação partidária, também não o seria depois de eleito e eleita?


PARA QUE SERVE UM PARTIDO POLÍTICO?

Pelos menos aqui em nosso país, os partidos políticos parecem ainda estar sem serventia que contribua efetivamente com a população. Pelo que ocorreu com o presidente sem partido, revelam que não servem nem para cassar o mandato de filiado ou filiada eleita ou eleito pela sigla do partido. Restringem-se à filiação partidária para que filiados e filiadas participem das eleições partidárias. Participaram? Elegeram-se? Então tudo certo, o resto é com vocês eleitos e eleitas. Atribuem-se, assim, como única finalidade alcançar o poder do Estado por meio dos processos eleitorais. Alcançar o poder do Estado pelo poder que ele confere a quem o alcançar: um poder pessoal focado na pessoa daquele ou daquela que foi eleito ou eleita. Fora isso, nada mais, exceto o desaparecimento do partido em prol da projeção pessoal do eleito ou da eleita. É o que as leis  eleitorais incentivam. 

Fora isso ainda o que se observa nos partidos que já projetaram filiados e filiadas no cenário político é que nem o preparo de suas bases para ocupar o poder do Estado eles fazem. Ou fazem? Que me perdoem os que preparam. Mas o que se vê em anos eleitorais e até antes são partidos políticos procurando “cacifes eleitorais” ou "caciques políticos" de outros partidos para os lançarem candidatos ou candidatas. Isso é negar a capacidade de seus filiados e filiadas ao exercício do poder do Estado. Pelo menos aqui no meu estado do Piauí onde moro.

Inclusive, a maior evidência dessa constatação está nas coligações partidárias em torno de um candidato ou candidata majoritária ou majoritário. De um lado, para esconder a fragilidade dos partidos políticos na sua capacidade de governança.  De outro, para se apropriarem de cargos públicos por meio de nossa frágil representação democrática. Neste caso, podemos obter uma resposta àquela pergunta “para que serve um partido político?” Para confundir eleitores e eleitoras incautas e incautos e os levar a aceitarem que votam em deputados e deputadas, vereadores e vereadoras para assumirem cargos no governo em vez de representar o povo nas casas legislativas e fiscalizar as ações governamentais.  

Seja como for, de uma forma ou de outra, partidos coligados revelam o desejo do poder do Estado a qualquer custo por atalhos nada honrosos. Isto porque as coligações partidárias tornam o parlamentar e a parlamentar subservientes a um determinado “chefe” político. Assim, tornam-se um “mero” e uma “mera” qualquer. Meros cumpridores das ordens do mandatário ou mandatária eleita ou eleito. E seus partidos, um mero aliado da base do governo. Uma mera sigla em prol de um determinado candidato ou candidata. Seus parlamentares eleitos, um mero ocupante de cargos porque é nos cargos públicos onde vão parar levados pelas coligações. As parlamentares eleitas em coligações, uma mera defensora dos interesses do governo. Nessa posição de meros e meras, a democracia representativa perde lugar e até sua razão de ser. Isto porque tanto partidos políticos quanto seus filiados e filiadas eleitas e eleitos pelas coligações dificilmente voltam sua atenção aos interesses da população. Assim eu vejo. Assim eu penso. Aos e Às que veem mais do que isso por sua visão ampliada, que me perdoem a minha miopia.

Mas é do mais alto de minha visão pequena que grito com toda a força de meus pulmões: 

Abaixo as coligações partidárias porque elas são nocivas ao interesse público e

um atentado à representação democrática! Um mal que precisamos extirpar das leis eleitorais!

Partido político que é partido político ciente de seu papel na sociedade e compromissado com o interesse público se garante sozinho em eleições partidárias!

Imagem de fundo branco amarelo solicitando que se diga não às coligações partidárias
Coligações Partidárias são a constatação do enfraquecimento dos partidos políticos e uma evidência do desejo de poder pelo poder sem compromisso com os interesses da população e com o país.


Com a minha visão pequena talvez eu enxergue apenas que um partido político deva ser

muito mais do que o que se revela aos meus olhos.

No mínimo, um partido de respeito na sociedade que o insere e

ciente de seu papel frente à democracia representativa que nos cabe o nosso Estado de Direito.

Um partido que em vez de se corromper em coligações esdrúxulas,

procure ocupar um espaço no seio da sociedade em comunhão com os seus conflitos,

suas demandas, angústias e necessidades tão bem percebidas e sentidas pela população.

Um partido que saiba refletir os problemas da população

e a represente bem nos espaços por onde passe.

Um partido que saiba fazer valer a sua importância e serventia

em nossa democracia representativa

e que no mínimo prepare seus filiados e filiadas para o exercício do poder político.

Quem sabe assim poderíamos evitar presidente sem partido

e presidente mal preparado para o mais alto posto do país.

Quem sabe assim poderíamos evitar

presidente representando a si mesmo pela falta de um partido que lhe assegure a

representação do povo.  

Pelo menos para isso um partido político poderia servir

e a partir daí descobrir a sua razão de ser no contexto de nossa democracia.

Muito obrigada!

 

Você terminou de conhecer o sexto conteúdo do caminho SMF Fé e Política

Espero que tenha gostado e continue nesta sequência para conhecer 

outros conteúdos deste caminho

A você, meus agradecimentos!

Deus esteja com você!

Sônia Ferreira

Teresina, 21 de agosto de 2021.


O que tem a ver a Política com o nosso nascer e o nosso viver? Compreendendo o conceito de Política e sua relação com o Estado e o Bem Comum

 

Imagem com a gata Joina apresentando o conteúdo “O que tem a ver a Política com o nosso nascer e o nosso viver? Compreendendo o conceito de Política”
Neste conteúdo compreenda como a Política influencia as nossas condições de vida. Como lugar das ideias e dos acontecimentos que impactam o nosso viver, ela tem nas leis, na ética e em nossos valores as bases sob as quais se mantém; e na sua relação com o Estado, a possibilidade do Bem Comum. 


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O QUE TEM A VER A POLÍTICA COM O NOSSO NASCER E O NOSSO VIVER?

COMPREENDENDO O CONCEITO DE POLÍTICA E SUA RELAÇÃO COM O ESTADO E O BEM COMUM

 

A POLÍTICA COMO DETERMINANTE DO NOSSO NASCER E DO NOSSO VIVER

Onde nascemos? Em que condições nascemos? Como era a cidade, o estado e o país onde nascemos e fomos criança? Como essa cidade, esse estado e esse país se desenvolveram à medida que crescemos e nos tornamos pessoas jovens, adultas e idosas? Como foi o nosso crescimento ou nosso desenvolvimento como cidadão ou cidadã à medida que a cidade, o estado e o país onde nascemos e crescemos se desenvolveram? Você já pensou nisso? Se não, vamos pensar?

Para começar, vamos transformar todas essas perguntas numa única: sob quais acontecimentos políticos nós nascemos e vivemos ao longo dos nossos anos? Ao nos perguntar onde nascemos e vivemos e sob quais acontecimentos políticos, essa pergunta nos leva a um lugar e a uma época cujas condições políticas determinaram as condições do nosso nascer e do nosso viver. Cada qual na sua situação econômica de pobre, rico ou rica ou mais ou menos uma coisa e outra.

Isto porque as condições políticas de uma determinada época influenciam as ideias dessa época. Por conseguinte, influenciam o lugar onde nascemos e crescemos e determinam as condições do nosso nascer e do nosso viver: nascemos e crescemos sob uma vida melhor ou pior, boa ou ruim num grau maior ou menor de conforto e bem-estar conforme as condições políticas do momento.

Em outras palavras: as condições políticas geram as ideias e os acontecimentos políticos que chegam à nossa vida onde quer que estejamos e a afetam de alguma maneira com consequências boas ou ruins de curto a longo prazo. Ideias e acontecimentos que dinamizam o nosso comportamento e as nossas ações, criando modos de ser e de agir.

Quando falamos de condições políticas e acontecimentos políticos, sugerimos que por trás ou para além do nosso nascer e do nosso viver existe algo que os determina; algo que faz com que o nosso nascer e o nosso viver sejam ou tenham sido da forma como o foram ou da forma como ocorreram.

Esse algo é a Política, um conceito associado à organização da nossa vida em sociedade; ou seja, um conjunto de ideias a partir das quais se criam e se recriam as estruturas de poder que organizam a nossa vida em sociedade e determinam uma vida com algum grau de satisfação e bem-estar para todos e todas nós que compomos a população em geral. Essas estruturas geram novas estruturas e produzem igualmente novas ideias que realimentam a Política e seu conceito, ampliando assim o seu escopo de significados.

Quando falamos de um conjunto de ideias, sugerimos a existência de uma multiplicidade de saberes ou conhecimentos acerca da sociedade na qual se constrói a Política. Esses saberes é que constituem o conceito de Política na sua amplitude e sob as quais se geram as ideias e os acontecimentos políticos que impactam ou influenciam a nossa vida, ainda que por um determinado momento. Isto porque a Política é uma construção contínua; logo, não acabada e continuamente renovada. Ela sempre se constrói e se reconstrói ou se atualiza conforme as ideias que a compõem num determinado momento. Como as ideias são concebidas por pessoas, e as pessoas mudam, as ideias mudam também; e a Política se reconfigura conforme mudam as ideias que a sustentam ou que a mantêm.

Em seu reconfigurar-se a Política cria e recria as condições sob as quais ela se constrói e se mantém continuamente. Subjacente a suas novas configurações estão os valores sob os quais a sociedade igualmente se constrói e se mantém. Esses valores qualificam tanto a ética que orienta o nosso viver quanto as leis que organizam a vida em nossa sociedade. Logo, qualificam também a nossa política. Para saber mais sobre esses assuntos, veja a seção seguinte. 


AS LEIS, A ÉTICA E OS VALORES COMO FUNDAMENTOS DA POLÍTICA 

Parte das ideias que constituem a Política vinculam-se às leis e nelas se atualizam, já que são as leis que organizam a vida em sociedade de forma legítima. Outra parte, talvez a mais significativa, advém dos aprendizados individuais, especialmente aprendizados construídos naturalmente na convivência familiar e comunitária ou social.

Imagem de fundo rosa informando que parte das ideias que constituem a Política vinculam-se às leis e nelas se atualizam, pois são as leis que organizam nossa vida em sociedade de forma legítima. Outra parte, talvez a mais significativa, advém dos nossos aprendizados individuais construídos espontaneamente na convivência familiar e comunitária.


São aprendizados que se constroem entre os saberes da sociedade e as nossas particularidades individuais de adaptação a essa sociedade. Como esses saberes são carregados de valores, adaptamo-nos aos valores constitutivos da moral dessa sociedade. Adaptamo-nos aos seus valores morais, ao que é significativo ou valorado pela sociedade.  Sob esses valores construímos e reconstruímos os nossos aprendizados, ajustando-nos ou nos contrapondo de diferentes modos muito particularizados.

À medida que se aperfeiçoam em nossa vida e nela se estabelecem, esses aprendizados passam a compor igualmente o conjunto de aprendizados da sociedade. Aprendizados que se transformam em tradições quando transmitidos de uma geração a outra.  E como transmitir aprendizados é o mesmo que transmitir valores, significa que nas tradições seguem os nossos valores. Em outras palavras: nossos aprendizados de tanto se repetirem ao longo das gerações fortalecem as tradições pelas quais se transmitem os nossos valores. Passam a compor a nossa cultura.

Assim, quanto mais as tradições se reproduzem mais se consolidam em nossa cultura e mais seus valores se sedimentam na sociedade. Esses valores quanto mais consolidados mais definem comportamentos e modos de agir de forma natural, exatamente porque aceitos sem questionamentos e igualmente reproduzidos.

Inclusive, uma forma usual de se tentar neutralizar possíveis questionamentos é se dizer que determinados modos de agir “fazem parte da nossa cultura” ou que “são próprios da nossa cultura”, ou então “desde que o mundo é mundo isso é assim.” É como se nos dissessem: “deixem como está porque isso não se muda” ou “se é assim, é assim que será".

No entanto, afirmações ou suposições dessa natureza somente ocorrem em relação ao que a sociedade considera legítimo em decorrência de seus valores aceitos e aceitáveis. Ao que não é aceito, é o repúdio que se vê. Inclusive, é nesse âmbito da rejeição que se criam determinadas leis, geralmente com dupla finalidade. Uma, conformar e punir comportamentos não ajustados aos valores da sociedade; outra, direcionar comportamentos visando a determinados fins relacionados à organização racional da sociedade.

Tanto num caso quanto noutro, as leis se evidenciam na sua própria importância de organização ou ajustamento da sociedade. Isto porque nossos comportamentos individuais são díspares demais para se ajustarem a fins comuns ainda que sob os mesmos valores. No entanto, são esses valores que se instituem como princípios gerais de fundamento da ética de nossa sociedade.

A ética é o que orienta a nossa conduta individual e legitima os comportamentos considerados aceitáveis. A ética cujos valores norteiam igualmente os princípios da Política e nos asseguram determinados modos de agir também nesse âmbito.

Assim, podemos afirmar que a Política se desenvolve ou se constrói entre as leis e a ética, isto é, entre os valores legitimados pela sociedade em sua cultura. Isto porque tanto as leis quanto a ética são fundamentadas em nossos valores. Isto significa que cada sociedade dispõe de uma Política particular e diferenciada, já que cada uma tem sua cultura própria; isto é, suas particularidades legais e éticas; logo, valores próprios.

 É a cultura que estabelece as diferenças entre a Política de um país e outro, ainda que preservando similaridades e ideais comuns. Entre esses ideais, existe um que é peculiar (e se não é, deveria ser) a toda e qualquer Política: o ideal do Bem Comum sobre o qual trataremos na seção seguinte.

Antes, porém, vejamos como a Política e as leis influenciam o nosso nascer e o nosso viver em nossa sociedade brasileira. É no âmbito da política que se organiza toda a nossa vida em sociedade, estejamos nas cidades ou nos campos. Regulamentam-se o nosso sistema de governo e os nossos processos democráticos; os serviços públicos e privados que chegam a nossa região de morada e à nossa casa. E tudo isso é por meio das leis.

Algumas das leis nos alcançam de uma forma ou de outra, onde quer que vivamos no território brasileiro.  Como exemplos, a lei eleitoral e a lei do imposto sobre circulação de mercadorias (ICMS). Outras leis são criadas para toda a população, mas muitos e muitas não alcançam seus benefícios porque nos lugares onde habitam não constam as estruturas materiais necessárias ao cumprimento da lei. Neste caso, citemos como exemplos a lei do Sistema Único de Saúde (SUS) e a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional para todos e todas.

Assim como no âmbito político se gestam as ideias e se criam os acontecimentos que impactam a nossa vida por meio das leis, somente no mesmo âmbito é que se criam as condições de mudança das questões que não se adequam aos nossos interesses. É no mesmo âmbito que se procuram suprir carências consolidadas ao longo de muitos anos, muitas gerações, a despeito dos avanços alcançados por muitas leis.

Vejamos na seção seguinte, como a Política e as leis citadas se relacionam ao Estado e ao Bem Comum.

 

O BEM COMUM COMO FIM DA POLÍTICA E DO ESTADO 

Como visto na seção anterior, a Política tem a ver com a organização da vida em sociedade. Essa organização supõe a criação de uma estrutura de poder à qual se vincula a vida das pessoas na sociedade. Essa estrutura de poder é o Estado: um ente abstrato com um poder superior que submete a vida de todas as pessoas da sociedade, de toda a população indistintamente; ou seja, nascemos e vivemos sob as determinações do Estado, que nos impõe a todos e a todas um dever de obediência por meio de suas leis.

Mas ao organizar a vida em sociedade, o Estado cumpre também a finalidade de prover a população com os serviços necessários à vida humana com dignidade e segurança. Essas são as funções básicas do Estado, razão pela qual ele existe e com a qual cumpre a função primeira de criar as condições para o alcance do Bem Comum. Essas condições implicam a existência de estruturas materiais e humanas – as instituições públicas – pelas quais o Estado realiza o ideal divino de cuidar do outro no âmbito da coletividade e assegurar vida digna a todos. O Estado que não cumpre essas funções contraria a sua razão de ser.

Imagem de fundo rosa informando que ao organizar a vida em sociedade, o Estado cumpre a finalidade de prover a população com os serviços necessários à vida humana com dignidade e segurança. Essa é a razão pela qual o Estado existe e com a qual cumpre a função primeira de criar as condições necessárias ao alcance do Bem Comum, realizando o ideal divino de cuidar do outro no âmbito da coletividade e assegurar vida digna a todos e a todas. O Estado que não cumpre essas determinações contraria a sua razão de ser.


É com a criação e a manutenção dessas estruturas que o Estado se mantém e atua no desenvolvimento da sociedade. E isso ocorre por meio da Política cuja finalidade primeira é observar os princípios da coletividade representados principalmente pelo ideal do Bem Comum, a utopia a ser continuamente buscada ou perseguida pelo Estado.

Observar os princípios da coletividade é perseguir a justiça inerente a esses princípios. Isto porque a Política é a arena na qual se discutem as questões do Estado e da Sociedade em sua relação mútua. E o Bem Comum é o mediador dessa relação, o princípio pelo qual se efetiva a justiça e fim para o qual convergem as distintas forças políticas em suas correlações.

Por isso, alcançar o Bem Comum se torna a finalidade primeira do Estado no seu ajustamento da sociedade. E a Política é a condição de possibilidade desse alcance, pois é ela que dinamiza os acontecimentos ou cria as condições para que o Estado oriente a sua ação no cumprimento de suas funções. Quando o Estado não as cumpre, significa que a Política está em crise com os seus valores. Assim, tem-se a evidência de que a sua ética não está em conformidade com o ideal do Bem Comum.

A Política e a forma como o Estado é administrado é que determinam a existência das estruturas materiais e humanas necessárias ao cumprimento de suas funções. Logo, a forma como os governos administram o Estado é o que determina as condições do nosso nascer e do nosso viver. 

Imagem de fundo rosa informando que a política e a forma como o Estado é administrado é que determinam a existência das estruturas materiais e humanas necessárias ao cumprimento de suas funções. Logo, a forma como os governos administram o Estado é o que determina as condições do nosso nascer e do nosso viver.


Assim, vivemos bem ou mal conforme o governo do momento e as forças políticas que o mantêm. Vivemos bem ou mal conforme a ética política que possibilita a preservação de estruturas de poder que dinamizam suas forças muitas vezes contrariando os princípios da coletividade; princípios esses pelos quais o interesse público é sempre soberano e o direito de um não pode ser suprimido pelo direito do outro nem a justiça destituída da medida da necessidade.

A não observância desses princípios é o que impede grande parte da população não alcançar serviços públicos selados com o emblema de “para todos”. Impede que as estruturas materiais e humanas de poder, uma vez destinadas à população, não cumpram suas funções ou as cumpram de forma precária. Por essa razão é que o Bem Comum é sempre referenciado como um ideal, algo a ser continuamente buscado. A Política é o campo por excelência de efetivação dessa busca.  

Você terminou de conhecer o quinto conteúdo do Caminho SMF Fé e Política.

Espero que tenha gostado e acompanhe os demais conteúdos deste caminho 


A você, meus agradecimentos.

Deus esteja com você!

Sônia Ferreira

Teresina, 21 de agosto de 2021.

 



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