ASSIM SURGIU A IDEIA DA CRIAÇÃO DO PARTIDO DA FÉ E DA POLÍTICA
DEUS NO NOME DO PARTIDO E NA MINHA REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
Era uma manhã como outra qualquer. Eu nos meus afazeres domésticos de
todos os dias. Nada de inusitado senão um pensamento a me provocar
insistentemente. Uma vontade meio imperativa: liga a televisão! Algo que eu
jamais fazia durante as manhãs. Naquela, porém, sentia-me levada a ligá-la.
Peguei o celular e o postei sobre a mesa próximo da pia onde eu estava. Dali eu
poderia ouvir o canal acessado. Foi o exato momento em que o convidado
adentrava o programa. Era o médico Sílvio Mendes, ex-prefeito de
Teresina. Ele seria o entrevistado do programa.
Desenho artístico: Religião e Política |
Era uma entrevista de natureza política na qual o ex-prefeito defendia a candidatura de Kleber Montezuma à Prefeitura de Teresina nas eleições daquele ano de 2020. No avançar da entrevista, salvo engano, Sílvio Mendes afirmara não discutir religião e política em determinados lugares ou circunstâncias por se tratar de uma discussão que não levava a termo algum. Falava de uma relação que eu já ouvira noutros tempos de forma desapercebida. Naquele momento, porém, não.
Ouvir a relação religião e política foi o suficiente para um turbilhão
de imagens se construir em minha mente e me levar a um lugar outro. Vi-me então
envolta em meus pensamentos num levante reflexivo que me fez esquecer o celular
sobre a mesa e me desligar totalmente dos rumos daquela entrevista.
Desterritorializada, senti meus pensamentos se verbalizarem num grito
incontido, tamanha a força irrompida: Partido da Fé e da Política! Pus-me
a exclamar repetidamente muito eufórica em meio ao riso e ao sabão espumante em
minhas mãos. Eu não me continha de tanta satisfação com aquele desfecho. A
vontade imperativa de ligar a televisão era Deus em meu auxílio. Logo eu soube.
Desenho Artístico: Relação entre Deus, Fé e Política: Tudo a Ver! |
Sim! Partido da Fé e da Política! Um partido político que
eu entendia como a resposta de Deus frente a determinadas inquietações
minhas. Primeiro, em relação à implementação dos projetos sociais que eu
pretendia desenvolver. Depois, decorrentes de minha ação missionária junto à
paróquia local. Neste caso, eu não estava tão certa da missão. Mas nela permanecia
por acreditar que os seus ensinamentos realizavam um propósito de Deus em minha vida. No entanto, tratava-se de um lugar em que se aceitava tacitamente o
imperativo: é proibido falar de política! Era então o lugar das questões religiosas que não se
misturavam com questões políticas!
Era esse o consenso silenciado. No entanto, a política me
interessava. Era o campo de minha atuação nos projetos sociais aos quais me
lançava. A questão então era encontrar um espaço único no qual eu pudesse
conciliar a política e os meus atos de fé com os quais eu aprendia a conviver. Desde
antes da ação missionária. Mas que me constituíam como missionária iniciante.
Como desenvolver então meus atos de fé em contextos políticos com os quais me
depararia na implementação dos projetos sociais ainda apenas idealizados?
Desde o ano anterior eu buscava em Deus um lugar que me permitisse
conciliar fé e política. Campos de atuação aparentemente tão díspares que me
pareciam dicotômicos. Como eu poderia cuidar de um sem prescindir do outro?
Pois não é que naquele momento Deus me trazia a resposta! Num partido
político! Um partido cujo nome já me caía pronto a partir do pronunciamento
do ex-prefeito Sílvio Mendes.
Naquele momento, entendi então que o ex-prefeito fora instrumento de Deus em meu auxílio. Por meio dele, Deus me trazia a resposta às consultas que eu lhe fizera dois anos antes. Mais do que isso: levara-me a refletir a relação da fé em Deus com a política de uma forma que eu jamais fizera. Até então eu compartilhava a compreensão geral sobre a qual eu jamais refletira. O senso comum que nos diz que religião ou as coisas de fé e as de política provêm de saberes distintos que não se misturam e neles se mantêm.
Naquele momento, porém, eu me deparava talvez pela primeira vez com a reflexão acerca daquela relação. Então eu a compreendia com todas as possibilidades. Nada de disparidades. Nem dicotomias. Só tudo a ver. Era o que Deus me mostrava na força de meus pensamentos. Uma força que me levava a recordar as minhas leituras bíblicas e lá encontrar parte dos fundamentos daquela relação. A outra parte, a própria reflexão encontrava em cenários políticos de minhas vivências, embora em contextos mais observados e menos vivido efetivamente.
Assim nascia a ideia do Partido da Fé e da Política. Uma ideia
bastante embrionária, ainda sem forma, mas carregada de possibilidades de se
tratar de questões de fé em Deus e de questões de Política num
mesmo espaço. Tudo a ver. Era tudo o que meus pensamentos me traziam naquele
momento: as possibilidades de conexões entre um campo e outro na grande arena política.
A primeira vez que me surgiu a ideia de criação de um partido político foi na
elaboração do projeto social Fazendo Valer o Nosso Voto. Um projeto de
incentivo à participação política cujas ações poderiam ser perfeitamente implementadas
num partido político. Não apenas por se tratar de um projeto de muita
complexidade e grande abrangência de público. Mas principalmente por seus
caracteres de participação na política partidária de forma ativa e mais
efetiva.
Então já não havia dúvida. Era no partido político que eu deveria investir.
Você terminou de conhecer o sétimo conteúdo do caminho SMF Fé e Política.
Espero que tenha gostado e acompanhe os conteúdos da sequência.
Veja o conteúdo anterior: Fé em Deus sim Senhor! Por que não?
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