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DA FÉ EM DEUS À MÃO DA PROVIDÊNCIA
ERA SÓ UM ABAULAMENTO NA L4 E NA L5
Era a semana
seguinte àquela da partida de minha mãe rumo ao Pai. Eu estava cheia de dores.
Não apenas na alma, mas no corpo todo. Minha coluna parecia estourada naquela
região que a gente chama de lombar. Parecia que todas as dores que eu não
sentira quando cuidava de mãe haviam se revoltado e resolvido se manifestar ao
mesmo tempo.
Então eu estava
muito sem poder me mexer: se em pé, não podia me curvar nem me sentar; se
sentasse, não podia me levantar; se levantasse, tinha primeiro que ficar de
estátua para depois andar; ao andar, o impacto do pé no chão ativava uma flecha
que atingia em cheio a minha lombar, o meu "mucumbu" como dizia meu irmão em nossa meninice. Então eu estava muito sem jeito mesmo. Até minha voz estava sentida.
Saía tão espremida que parecia o “tou fraco” de um capote rouco no cio. Então
eu precisava dar um jeito em mim e me colocar no lugar.
Da consulta ao
médico vieram o diagnóstico e a prescrição. Eu estava com um abaulamento na L4
e na L5. Então pensei: só podia ser mesmo um abaulamento porque tudo parecia
estar mesmo era abaulado. E muito! Aquelas dores revelavam que o resultado não
podia ser boa coisa. Mas o médico me tranquilizou explicando o abaulamento:
duas vértebras da coluna haviam se comprimido ou uma pressionava a outra ou
coisa parecida. O certo é que havia uma compressão e uma inflamação naquelas
vértebras que me deixavam cheia de dores. Mas segundo ele nada que não pudesse
ser resolvido com anti-inflamatórios e fisioterapia.
Então saí daquela
consulta com uma receita de medicação e outra de fisioterapia. A de medicação
logo encontrou o fundo de uma gaveta e lá ficou. Meu caixa estava vazio demais para a
atender. A de fisioterapia foi salva por meu plano de saúde ainda ativo. Ele me assegurou aquelas dez sessões. Era uma quinta-feira que me encontrava na terceira sessão sem
que eu sentisse uma melhorzinha sequer. Tanto que ainda me era temerário tomar um ônibus. A subida e a descida sempre cercadas de cautelas.
A partir daquela sessão, as seguintes somente continuariam cinco dias depois. No dia seguinte àquela, a clínica fecharia devido à paralisação dos ônibus na cidade. Então viria o fim de semana seguido de uma “segunda-feira enforcada” devido a um feriado na terça. Saber daqueles cinco dias sem fisioterapia me causou um medo sem tamanho. O que eu faria naquela espera se ainda continuava com tantas dores? Mas não vi alternativa senão esperar. Mas enquanto isso, recorri ao saber e ao poder superiores a todos os nossos e logo fui atendida. Veja a seção seguinte Deus em meu auxílio.
O CABO DO RODO QUEBROU: A MÃO DA PROVIDÊNCIA
Era uma manhã
como outra qualquer. Daquelas que sempre me viam nos meus afazeres domésticos. Daquelas
que o vento corria sorrateiro como a dizer que as chuvas logo iriam embora. Que
me deixavam ver o sol se levantar lá longe e estender seus raios por todo o
quintal de nossa casa. Uma manhã que lá fora parecia igual às outras. Mas
dentro de casa eu estava toda atabalhoada. Teria que limpar a casa, mas
continuava sem poder me curvar. As dores permaneciam e me diziam que aquele fim
de semana seria longo por demais para as suportar.
Mas eu tinha
que cumprir a limpeza da casa, mesmo com a dificuldade de me curvar. Então, eu
estava no meio da cozinha com o rodo no seu vai-e-vem próprio de sua função. Tentava
enfrentar as dores naquele movimento, mas tudo o que eu conseguia era parar e
me perguntar como seria dali por diante se eu não melhorasse. Eu já ouvira
histórias de pessoas com hérnias de disco que não se curavam. Seria eu mais
uma? E a casa como ficaria se era eu a dar conta dela? Outra coisa não, mas
serviços de casa também não me faltavam e limpar era coisa de todos os dias. Inclusive porque eu morava com alguns gatos e muitas gatinhas.
Mas o certo é
que eu estava naquele vai-e-vem quando sem mais nem menos o cabo do rodo
quebrou. Fez um teco meio estridente e se tornou dois pedaços de uma madeira
qualquer. Eu olhava para aqueles pedaços sem entender. Era um rodo pouco usado.
A madeira parecia nova demais para quebrar tão rápido e facilmente. Então
pensei que só podia ser madeira do tipo resistência zero. Sem aquele rodo, aquela limpeza deixaria de ser, pois como conseguir outro?
Mas eis que
logo encontrei a solução. Peguei o pano de limpeza e o joguei aberto no chão.
Coloquei meus pés sobre ele e saí rodopiando pela cozinha num movimento meio dançante.
Então vi a maravilha que era passar o pano na casa com os pés. Melhor do que
com o rodo. Ao ver meus pés se tornando o próprio rodo, e de forma tão alegre e
dançante, logo vi o dedo de Deus naquela quebra. A mão da Providência. Deus em
meu auxílio. Eu não mais precisaria me curvar para passar o pano. Meu corpo se
mantinha ereto e assim a coluna não se incomodava. E meus pés e minhas pernas ainda
se tornaram tão dançantes como eu nunca vira. Nunca no mundo! Tudo certo! Tudo
resolvido! Obrigada, Senhor!
Assim parecia
se salvar a limpeza da casa em seus pisantes. Mas logo depois do impacto de
alegria percebi que a coisa não estava muito bem. O pano vivia fugindo de meus
pés, não conseguia se ajustar. Meus pés iam para um lado e ele para o outro.
Uma dificuldade começava a se impor. A minha alternativa já não parecia tão
certa. Mas eis que depois de mais uma lavagem do pano, ao jogá-lo no chão,
novamente Deus se mostrou aos meus olhos. O pano se esparramou no chão de tal
forma que foi impossível eu não vê duas cavidades uma ao lado da outra no ponto de eu colocar
cada um dos pés.
Diante daquela
visão, eu apenas fiquei maravilhada, sorrindo para Deus e o bendizendo. Ele me
mostrava algo tão simples que eu jamais observara ao utilizar aquele pano de limpeza.
Ele era de dupla face e foi esse aspecto que criou aquelas duas cavidades, uma
em cada lateral a partir da dobra de uma face sobre a outra. Então eu só
agradecia a Deus por aquela providência. Mais uma vez ele se mostrava a mim nas
minhas pequeníssimas ações do meu dia a dia. Mais uma razão para o bendizer e o
glorificar.
Com a minha nova
descoberta, o rodo perdeu o seu lugar no meu passar pano na casa. Com os pés, descobri
outro benefício que não apenas poupar a minha coluna. Revelava-se um ótimo
exercício para as pernas.
FÉ EM DEUS E NA MÃE RAINHA
As
dores em meus abaulamentos L4 e L5 permaneciam. Assim como a receita médica
engavetada. Eu estava completamente descapitalizada. Enquanto cuidadora de
minha mãe, eu havia ficado sem trabalho; logo, sem renda. Como sua cuidadora e
curadora, eu administrava a renda dela acrescida da ajuda financeira de meu
irmão e algumas irmãs. Mas era a renda das despesas de minha mãe e da casa. Não
das minhas. Com a morte dela, a
aposentadoria logo foi suspensa. Apesar de ainda dispor daquela ajuda financeira, a situação não me era nada favorável.
Então como não havia meios de pensar em farmácia nem de fisioterapia naquele momento, não vi alternativa senão recorrer a Deus e à Mãe Rainha. Caminhos de fé que eu aprendera a conhecer desde os cuidados com a minha mãe. Em meio àquelas ações de cuidados por algumas vezes vi a manifestação de Deus de forma bem direta. Então eu já sabia que nele podia confiar.
Nos mesmos cuidados, conheci também Mãe Rainha, nossa
Senhora peregrina devotada por católicos e católicas como a santa das famílias.
Minha mãe era devota e a cada mês recebia em seu altar a imagem daquela santa. Então eu a acompanhava em sua devoção como mais uma ação
de cuidados. Rezávamos o terço e cantávamos o hino de consagração à mãe peregrina.
Em oração então pedi a Deus em nome de nosso Senhor Jesus Cristo que me livrasse daquelas dores; que me devolvesse os movimentos e cuidasse da minha saúde como dela cuidara por todo o tempo de meus cuidados com a minha mãe. Da mesma forma, em oração consagrei todo o meu corpo à Mãe Rainha, atribuindo a cada mistério próprio de sua oração um dos membros de meu corpo. Inclusive a minha lombar.
O resultado desses meus atos de fé foi imediato. Passados os cinco dias para retomar a fisioterapia, todas as minhas dores haviam passado. Eu já não sentia um incômodo sequer nos abaulamentos da L4 e L5. Minha coluna já não reclamava de nada. Eu me sentia completamente curada. Retornei à clínica pensando suspender as demais sessões agendadas. Não havia mais necessidade.
No entanto, argumentaram que eu deveria continuar e me explicaram algumas razões. Como não lhes falei dos meus atos de fé, aceitei seus argumentos sem os questionar e permaneci nas sessões. Afinal, havia massagens e elas certamente não me fariam mal algum. E eram boas. Assim foi.
Com esses aprendizados eu me fortalecia nos caminhos da fé em Deus e em nossa Senhora, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim eu aprendia cada vez mais o caminho da fé em Deus. Porém, uns dois anos depois eu entenderia que para essa fé não precisamos recorrer a intercessores. Eu deixaria então de recorrer à Nossa Senhora e procuraria fortalecer minha relação com Deus, tudo em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim foi. Assim será com fé em Deus!
CONCLUINDO....
Aprender
a ver a ação de Deus nas pequenas coisas do meu dia a dia era um aprendizado e
tanto para mim. Um amadurecimento em Deus. Um crescimento na fé. Mas falar
dessas coisas talvez seja certamente simplório demais para muitas pessoas. Tão
insignificantes que certamente eu nem seria ouvida. Como certamente talvez nem
lida. Quem afinal perderia tempo falando das coisas ordinárias da vida? Essas
coisas que de tão reles sequer ocupa espaço em nossa atenção? Afinal, fomos
acostumados pelo conhecimento humano a pensar o grande e nele nos mirar. É como
se nos disséssemos: olhe para o grande e seja um grande também. Ou uma grande.
Tudo
bem que seja assim. O problema é que esse grande projetado no conhecimento
humano não é o grande referenciado como Deus. Quando nos dizem: olhe para o
grande não é o mesmo que nos dizer olhe para Deus. Pelo contrário, é o grande
projetado no próprio homem. Seja você o grande.
Diferente
disso, eu aprendia a ver no meu dia a dia não apenas a grandiosíssima ação de Deus,
mas o próprio Deus se materializando diante de mim por meio de coisas tão
pequenas como a quebra do cabo do rodo.
Então
entendi: é nas pequenas coisas que ele se manifesta. Pelo menos para algumas
pessoas. Pelo menos para mim. Talvez porque haja pessoas que não o saberiam reconhecer nas grandes. Talvez eu seja uma dessas pessoas. E quem sabe não seja isso mesmo? Aprender a nos voltar
para as pequenas coisas para poder compreender as grandes? E assim aprender a ver o grande sob novos olhares? Seja como for, é Deus quem nos dá esse discernimento quando assim o desejamos.
A você,
meus agradecimentos.
Deus
esteja com você!
Sônia
Ferreira
Teresina, 23
de maio de 2021.
Você
terminou de conhecer o quarto conteúdo do caminho Meus Atos de Fé em Deus.
Espero que
tenha gostado e acompanhe os conteúdos da sequência.
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