EVASÃO NO PROJOVEM URBANO DE TERESINA:
UMA ANÁLISE A PARTIR DOS CONCEITOS DE DESISTÊNCIA, PERMANÊNCIA E NÃO-PERMANÊNCIA NO PROGRAMA
Sônia Maria Ferreira Lima[1]
Geysa
Elane Rodrigues de Carvalho Sá[2]
RESUMO:
Este artigo tem como objetivo analisar os graus de permanência e de evasão no
ProJovem Urbano de Teresina, considerando o número de alunos inicialmente
matriculados no Programa, os desistentes, os infrequentes, os que o abandonam
ao longo do curso, e os que o concluem. Trata-se de uma análise de dados
quantitativos, com suporte em estudos bibliográficos e documentais. A leitura
bibliográfica é, em sua maioria, de autores que vivenciaram o Programa no seu
planejamento, implantação e implementação, e em diferentes contextos e ângulos;
e o estudo documental está baseado em relatórios, diretrizes e procedimentos
operacionais da execução na cidade de Teresina. No conjunto, esse referencial
possibilita compreender o Projovem Urbano de Teresina como parte de uma totalidade
mais ampla. Além disso, traz um levantamento de dados para possíveis outros
estudos, especialmente acerca de identificação de fatores que levam ao aluno a
abandonar o curso. Estruturado em duas partes, a primeira refere-se à
explicitação de conceitos e categorias analisadas, considerando-se o Programa
em suas diretrizes gerais. A segunda trata especificamente de sua execução na
cidade de Teresina, com a análise de dados quantitativos relativos à
desistência e evasão nas entradas 2009 e 2010. O alto grau de evasão e a baixa
permanência no curso leva à conclusão de que o Programa não foi plenamente
eficaz, uma vez que o objetivo e a meta
prevista não foram totalmente alcançados, já que grande parte dos alunos
ingressos não permaneceram no Programa.
PALAVRAS-CHAVE: Evasão Escolar. Projovem Urbano. Política da Juventude.
1 INTRODUÇÃO
O Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem
Urbano – é um programa do governo federal implementado por estados e municípios
e se insere como uma das Políticas de Juventude e da Gestão de Programas
Sociais. Constitui uma reformulação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens:
Educação, Qualificação e Ação Comunitária – ProJovem – implantado em 2005 e reformulado
em 2008, o que possibilitou o lançamento do Projovem Integrado, “[...] que
reestruturou e integrou uma série de programas e políticas para a juventude já
existentes, com o intuito de promover uma ampla e diversificada inclusão social
dos jovens brasileiros” (BRASIL, 2010, p. 3).
O Projovem Urbano nasce como uma das modalidades desse
programa unificado, tendo como metas “[...] a elevação da escolaridade, o
desenvolvimento humano e a promoção da cidadania, por meio da conclusão do
ensino fundamental, de qualificação profissional e do exercício de experiências
de participação cidadã” (BRASIL, 2010, p.3). Busca, pois, promover a inclusão
social de jovens de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental, com a
reinserção na escola e no mundo do trabalho, propiciando-lhes oportunidade de
desenvolvimento humano e exercício efetivo da cidadania.
Com o Currículo Integrado e estruturado na associação entre Formação
Básica (Ensino Fundamental), Qualificação Profissional (Iniciação) e
Participação Cidadã (experiências de atuação social na comunidade), o Projovem
Urbano tem como finalidades específicas: a reinserção dos jovens no processo de
escolarização; a identificação de oportunidades potenciais de trabalho e a
capacitação dos jovens para o mundo do trabalho; a participação dos jovens em
ações coletivas de interesse público; a inclusão digital como instrumento de
inserção produtiva e de comunicação; e a ampliação do acesso dos jovens à
cultura (CAIAFA SALGADO, 2008).
A gestão do programa dá-se nas três instâncias de governo: na instância
federal, está sob a responsabilidade da Coordenação Nacional do ProJovem
Urbano; no âmbito estadual e distrital, sob a responsabilidade dos gestores
estaduais ou distritais, e no municipal, dos gestores municipais. À Coordenação
Nacional cabe o repasse de recursos financeiros, através do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE); e à instituição gestora local, seja
estadual, seja municipal, cabe disponibilizar ao programa a estrutura física e
material (escolas e equipamentos) necessária à implementação das ações (CAIAFA
SALGADO, 2008) que, na cidade de Teresina,
são executadas pela Coordenação Municipal do ProJovem Urbano, vinculada à Secretaria Municipal de Educação
(SEMEC).
Na execução do programa, um dado que chama a atenção dos gestores
refere-se aos altos índices de desistência e evasão, sendo esta uma
questão que se mantém como constante desafio, quando se leva em conta o
programa na sua totalidade enquanto parte de uma política pública de inclusão,
pois o programa revela-se bem estruturado em termos de recursos financeiros,
repasses aos gestores locais, material didático, além de outras estratégias de
assegurar a permanência do aluno, como o benefício mensal no valor de R$ 100,00
ao longo dos 18 meses de curso.[3]
Porém, a despeito de quaisquer estratégias, o programa
não tem conseguido consolidar-se entre grande parte dos alunos ingressos, mesmo
com a consecução do benefício, o que tornam a desistência e a evasão um desafio
constante a ser enfrentado, pois revela a fragilidade do programa num aspecto
intrínseco ao seu objetivo principal, que é possibilitar aos jovens elevar sua
escolaridade com a conclusão do ensino fundamental, além de lhe possibilitar a
iniciação profissional que lhe possa inserir no mercado de trabalho.
Sendo assim, o objetivo deste
artigo é analisar os graus de permanência e de evasão no ProJovem Urbano de
Teresina, considerando o número de alunos inicialmente matriculados no Programa,
os que desistem, os infrequentes, os que o abandonam ao longo do curso, e os
que o concluem.
Do ponto de vista metodológico, trata-se
de uma análise de dados quantitativos, com suporte em estudos bibliográficos e
documentais. A leitura bibliográfica é, em sua maioria, de autores que vivenciaram
o Programa no seu planejamento, implantação e implementação em diferentes
contextos e ângulos; e o estudo documental é baseado em relatórios, diretrizes
e procedimentos operacionais da execução na cidade de Teresina.
No conjunto, esse referencial possibilita
compreender o Projovem Urbano de Teresina como parte de uma totalidade mais
ampla, considerando-se que se trata de um Programa de abrangência nacional e de
gestão em rede, compartilhada entre várias instituições governamentais dos três
âmbitos federativos. Além disso, traz um levantamento de dados para possíveis
outros estudos, especialmente acerca de identificação de fatores que levam ao
aluno a abandonar o curso.
Estruturado
em duas partes, a primeira refere-se à explicitação de conceitos e categorias
analisadas, considerando-se o Programa em suas diretrizes gerais. A segunda
trata especificamente de sua execução na cidade de Teresina, com a análise de
dados quantitativos associados à desistência e evasão nas entradas 2009 e 2010.
A
razão da escolha da evasão no ProJovem Urbano de Teresina é poder desvendar um
pouco a realidade da gestão do programa em aspectos relativos à implementação
das ações, procurando respostas que possam contribuir com o aperfeiçoamento da
política, de modo a se alcançar com mais efetividade os seus objetivos e o seu
público-alvo.
1 EXPLICITAÇAO DE CONCEITOS E CATEGORIAS: DESISTÊNCIA, EVASÃO, INFREQUÊNCIA, PERMANÊNCIA E NÃO-PERMANÊNCIA
1.1 Considerações gerais
No Brasil, a evasão escolar constitui grande desafio para
as escolas, pais e sistema educacional de modo geral, ao se perceber alunos que
demonstram pouca vontade de estudar e, por isso, com atrasos na aprendizagem,
mesmo quando se verificam os esforços “[...] que a escola, na pessoa da
direção, equipe pedagógica e professores fazem para conseguir a frequência e aprovação
dos alunos [e, ainda assim,] não asseguram a
permanência deles na escola. Pelo contrário, muitos
desistem.” (CERATTI, 2008, p. 3
Dados do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) revelam que para cada 100 alunos
ingressos na 1ª série do ensino fundamental, apenas 5 chegam ao final, com a
conclusão da 8ª série (BRASIL, [2008?]). Em 2007, a evasão, em todas as séries
do ensino fundamental (1ª a 8ª séries/1º ao 9º ano), alcançou cerca de 4,8% dos
alunos matriculados, ou seja, quase um milhão e meio de alunos, o que acarreta
a frequente defasagem entre série e idade, além de ampliar as possibilidades de
novas evasões (BRASIL, [2008?], 2010b).
Os dados do Censo Escolar mostram,
de modo geral, elevação e desigualdades nas taxas de abandono e evasão no
Brasil. Em 2008, a taxa de abandono revela que, dos alunos matriculados no
ensino fundamental regular, 4,4% deixaram de frequentar as aulas. Em 2007, essa
taxa foi de 4,8%. Verifica-se que as taxas são mais elevadas nas regiões Norte
(7,3%) e Nordeste (7,5%) e nas séries mais adiantadas, o que evidencia uma
distribuição regional bem demarcada, com pronunciada desigualdade (BRASIL, 2010,
2010b).
No que se referem aos alunos que
ingressam no ensino fundamental no Brasil, os dados do INEP evidenciam que
apenas 53,8% chegam a concluí-lo. Não sem razão, pois, cada vez mais, a evasão
escolar adquire espaço em discussões e reflexões governamentais e acadêmicas, especialmente
relacionadas à educação no âmbito da pesquisa científica e das políticas
públicas.
Estudos revelam que, de modo
geral, jovens e adultos possuem taxas mais altas de abandono e evasão, sendo
relatados como principais fatores:
[...]
a necessidade do aluno trabalhar; o convívio com a violência e condições
precárias de segurança; problemas familiares; dificuldade de acesso à escola;
baixa qualidade do ensino; não adequação do ensino às exigências do mercado de
trabalho; horários incompatíveis com as responsabilidades que os alunos são
obrigados a assumir; falta de políticas públicas específicas e de vagas; falta
de material didático, entre outros (CAMPOS, 2003, apud BRASIL, 2010, p. 7).
Estudos recentes indicam que no
programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), menos de 30% dos alunos concluem
os cursos nos quais se matriculam; e o Censo escolar revela um abandono por
volta de 40% no ano de 2008 na EJA do ensino fundamental (BRASIL, 2010). Citam-se
como principais causas dessa alta taxa de evasão o “[...] uso de material
didático inadequado para a faixa etária dos alunos, conteúdos sem significado,
metodologias infantilizadas aplicadas por professores muitas vezes
despreparados, e os horários de aula que não respeitam a rotina de quem, além
de estudar, também trabalha (DUDEQUE, 2006; OLIVEIRA, 2007 apud BRASIL, 2010,
p. 7).
1.2 Evasão, infrequência, desistência e permanência no
ProJovem Urbano: aspectos gerais
Uma vez efetivadas as matrículas no programa, a
evasão, a infrequência e a desistência de alunos constituem os maiores desafios
na gestão do programa, e a operacionalização desses conceitos adquire
conotações bem específicas que remetem, respectivamente, às noções de
permanência e não-permanência do aluno no programa e a não-presença às aulas
iniciais registradas nos três primeiros meses do curso, o que acarreta a não
participação nas avaliações e exames externos realizados no período (BRASIL,
2010a).
A
noção de permanência refere-se ao estado ou qualidade daquilo que é contínuo no
tempo, que dura ou é ininterrupto e, no âmbito educacional, “[...] implica a
manutenção do aluno em sala de aula, preferencialmente com a maior assiduidade
possível, durante um determinado período, que pode corresponder a um ano letivo
ou, no caso do Projovem Urbano, aos 18 meses que configuram a duração do
programa.” (BRASIL, 2010, p. 11).
Enquanto conceito, a permanência
dá-se “[...] pela negação de eventos e circunstâncias que provocam quebras de
continuidade, maiores ou menores, mais ou menos frequentes.” (BRASIL, 2010), de
modo que, na definição desse conceito, tem-se que, necessariamente, levar em
conta o de não-permanência, por estar na mesma relação e revelar, igualmente,
descontinuidades e níveis intermediários de participação do aluno.
A
não-permanência, pois, pode ser expressa:
[...]
por categorias que representam uma interrupção definitiva da presença do aluno,
[...], podendo ainda aparecer através de interrupções temporárias, provocadas
por faltas sistemáticas dos alunos, como a infrequência.
Tanto as decisões por permanecer ou abandonar o programa, como as chances de um
retorno à escola após os períodos de infrequência dependeriam, por sua vez, do
perfil do jovem e dos níveis de participação e vínculos institucionais
estabelecidos e mantidos entre aluno e programa. Este espaço de possibilidades,
por sua vez, pode ser tratado em termos de probabilidade e chances de
permanência ou evasão. (BRASIL, 2010, p. 11, grifo do autor).
Estudos de Campos (2003, apud
BRASIL, 2010), revelam que a infrequência caracteriza o comportamento escolar
de alunos da EJA, o que pode gerar a inviabilidade dos cursos e programas para
o público dessa modalidade de ensino, na qual se insere também o Projovem
Urbano, embora em programa distinto. Nessa modalidade, a infrequência não está
necessariamente relacionada à evasão escolar, mas a uma situação provisória na
qual o retorno à escola, num mesmo ano letivo, faz parte dos projetos e
expectativas pessoais dos alunos, em contraposição à noção de evasão, associada
ao abandono efetivo das aulas por tempo determinado ou indeterminado (CAMPOS,
2003, apud BRASIL, 2010).
No Projovem Urbano, a infrequência
refere-se
[...]
à situação em que o jovem não mantém presença constante nas aulas, possuindo
baixa assiduidade e estabelecendo um laço frágil com o programa. Formam este
grupo os alunos que se ausentam em média uma ou duas vezes toda semana, não
atingindo 75% de freqüência ao longo do mês. O aluno é considerado infrequente
enquanto a soma de suas faltas não ultrapassar 25% da carga horária, ponto após
o qual o aluno é oficialmente declarado evadido. (BRASIL, 2010, p. 13).
A desistência, por sua vez,
[...]
é caracterizada por todos os jovens que efetivamente poderiam exercer o direito
de freqüentar e ser beneficiado pelo Programa, mas desistiram logo em seu
início, sem ter sequer participado de qualquer atividade censitária,
compulsória ou não. Portanto, não há qualquer registro de sua efetiva
participação no Programa, sendo muitas vezes desconhecidos nos núcleos, como revelaram
algumas pesquisas amostrais sobre o fenômeno. (BRASIL, 2010a, p. 62).
Enquanto
a evasão caracteriza-se pelo abandono ao longo do curso, depois da inserção ao
programa com registro de presenças e realização de atividade, a desistência
caracteriza-se pela defasagem entre
o número de alunos inicialmente matriculados ou que prosseguem o curso apenas
nos primeiros meses anteriores à primeira avaliação, e os que, efetivamente,
iniciam o curso, inserindo-se nas atividades e prosseguindo para além dos
primeiros três meses. São, pois, considerados desistentes, “[...] os jovens que
foram matriculados e enturmados em núcleos ativos e que jamais realizaram
qualquer atividade censitária prevista” (BRASIL, 2010a, p. 63). Ou ainda, a
desistência pode ser definida como o percentual de alunos que deixam o programa
antes de realizar qualquer avaliação ou exame, e a evasão como o percentual dos
alunos que não o concluem, embora participem de algumas das atividades e
avaliações (BRASIL, 2010).
De
acordo com dados levantados pelo Sistema de Monitoramento e Avaliação (SMA) do
Projovem Urbano,
[...] as razões
para a defasagem entre inscrição inicial e matrícula são inúmeras, indo da
falta de cumprimento dos pré-requisitos do programa (como limite de idade,
comprovação de escolaridade ou de inexistência de vínculo empregatício) até a
desistência em função de trabalho em horário incompatível com o curso, cansaço
resultante do trabalho, dificuldades para guarda dos filhos, acesso difícil ao
núcleo, medo da violência, falta de apoio familiar (CAIAFA
SALGADO, 2008, p. 20).
No geral, a relação que os alunos
estabelecem com o Programa é muito fluida, talvez devido à longa duração de 18
meses de curso, além das características do público-alvo, composto de jovens de
18 a 29 anos, o que faz com que a permanência seja inferior à meta proposta.
2 DESISTÊNCIA E EVASÃO NO PROJOVEM URBANO DE TERESINA
O Projovem Urbano (PJU) de
Teresina foi implantado em duas entradas, caracterizadas principalmente por
calendário de matrículas e início das aulas pré-estabelecidos pela Coordenação
Nacional do PJU, e metas inicialmente previstas de 2.200 matrículas para cada
entrada.
A Entrada 2009 (E2009) teve
início em abril/2009 e, com superação da meta, alcançou um total de 2.800
alunos matriculados em doze núcleos, cujas turmas foram distribuídas em quinze
escolas da rede municipal de ensino nas diferentes zonas da cidade. A Entrada
2010 (E2010), que ficou abaixo da meta, iniciou em maio/2010 com 1.865 alunos
matriculados em nove núcleos, com turmas distribuídas em quinze escolas.
A organização em núcleos é uma
característica própria do PJU, e se refere à organização dos espaços
pedagógicos e distribuição dos alunos por escolas. Cada núcleo é composto por
cinco turmas, e acolhe de 150 a 200 jovens; ou seja, para compor uma turma, no
período de matrícula, o número mínimo de alunos por turma é 30, e o máximo, 40.
No entanto, uma vez iniciado o
programa e em decorrência de desistências e evasão, podem ser aceitos,
excepcional e momentaneamente, até 20 alunos por turma. Essa condição excepcional
é indicativo de que a turma deve ser extinta, com a sua fusão a uma outra que
comporte a totalidade dos alunos. É o que se denomina Fusão de Turmas, o que acarreta necessariamente a Fusão de Núcleos, uma vez que estes não
podem ser compostos com menos de cinco turmas.
Sendo assim, a E2009, iniciada
com doze núcleos, ao término do curso estava com apenas nove; e a E2010,
iniciada com nove, está atualmente com apenas seis núcleos ativos.
2.1 Entre o recrutamento e a confirmação da matrícula: a Desistência
O
recrutamento refere-se à adesão do jovem ao Programa, o que se dá com a efetuação
da matrícula, sendo que, neste momento, a preocupação é maior com a atração do
que com a permanência, o que torna o processo de matrícula realizado em duas
etapas: a primeira caracteriza a adesão
ou recrutamento do jovem ao programa,
e se dá com o preenchimento da ficha de inscrição e apresentação da
documentação; e a segunda ocorre com a confirmação
da matrícula, que serve de base para se contabilizar a Matrícula Inicial.
A
Matrícula Inicial é formada, pois, pela quantidade de alunos não desistentes,
ou seja, por aqueles que, efetivamente, iniciam o Programa depois de
matriculados, e chegam a participar de aulas, atividades e/ou avaliações[4]
até a conclusão do primeiro ciclo, finalizado após decorridos três meses do início
do curso. É a referência para se mensurar os níveis de evasão e permanência.
No
período entre o recrutamento e a confirmação da matrícula, verificam-se, pois,
as desistências, uma vez que parte dos alunos matriculados não inicia o Programa.
O Quadro 1 mostra a matrícula inicial e os percentuais de desistências em
relação ao número de matrículas realizadas nas entradas E2009 e E2010.
Quadro 1: Matrícula inicial e percentuais de
desistência em relação às matrículas efetuadas
por entrada
ENTRADA |
META PREVISTA (a) |
MATRÍCULAS EFETUADAS (b) |
% (b) sobre (a) |
DESISTÊNCIA |
MATRÍCULA INICIAL (b) – (c) |
|
TOTAL (c) |
% (c) sobre (b) |
|||||
E2009 |
2.200 |
2.800 |
127,27 |
555 |
19,82 |
2.245 |
E2010 |
2.200 |
1.865 |
84,77 |
191 |
10,24 |
1.674 |
TOTAL |
4.400 |
4.665 |
106,02 |
746 |
15,99 |
3.919 |
Fontes: BRASIL, 2010a; CMPJU,
2010a.
Embora
se tenha superado a meta de matrículas para a E2009, atingindo-se 127,77% de
matrículas realizadas, registrou-se um índice de desistência em torno de 19,82%,
revelando que 555 alunos matriculados não iniciaram o programa ou, nos
primeiros três meses de curso, mantiveram-se com frequência abaixo dos 75%
recomendados para permanência, o que os levou a serem desligados do programa
como desistentes. A E2010, por sua vez, embora aquém da meta prevista, já que
alcançou apenas 84,77% desta, registrou um índice de desistência de apenas
10,24%, o que mostra que apenas 191 alunos foram dados como desistentes do
Programa.
A
Matrícula Inicial foi relativamente maior para a E2010, que alcançou cerca de 90% das matrículas realizadas, enquanto a
E2009, embora com ampla magnitude, atingiu cerca de 80% daquelas. Refere-se ao
quantitativo de alunos que, por terem experimentado o Programa, têm a
possibilidade de evadir-se ou de concluí-lo. Dessa forma, é a Matrícula Inicial
que serve de denominador para o cálculo das taxas de evasão e permanência no
Programa, tema este abordado nos itens a seguir.
2.2 A infrequência como possibilidade para a evasão
A
evasão refere-se à decisão do aluno de não mais participar do Programa, embora
já tenha usufruído parcialmente de seus benefícios. São considerados evadidos,
pois, os alunos que: (a) abandonam ou simplesmente “desaparecem” do núcleo por
um longo período, superior ao permitido, ou seja, atingem mais de 25% de faltas;
(b) cancelam voluntariamente sua matrícula ou a têm cancelada; (c) não
participam de nenhuma atividade final, ainda que não tenham atingido 25% de
faltas; e (d) que se mantém ausente do núcleo por períodos intermitentes,
registrando baixa assiduidade às aulas, e a soma desses períodos ultrapassam
25% de faltas.
A
baixa assiduidade às aulas caracteriza a infrequência,
que representa interrupções temporárias da presença do aluno em sala de aula,
provocadas por faltas sistemáticas por períodos intermitentes, mas não tão
duradouros que possam comprometer a carga horária. “O aluno é considerado
infrequente enquanto a soma de suas faltas não ultrapassar 25% da carga
horária, ponto após o qual o aluno é oficialmente declarado evadido.” (BRASIL,
2010a, p. 63).
Sendo
assim, incluem-se como infrequentes os alunos que, geralmente, ausentam-se em
média uma ou duas vezes toda semana, ou uma semana seguida, porém, sem
ultrapassar os 25% de ausências ao longo do mês. A infrequência revela que o
aluno mantém uma relação frágil com o Programa, e está diretamente associada à
evasão, pois o aluno infrequente é, potencialmente, um aluno evadido, já que à
medida que se ausenta, ampliam-se as chances de não mais retornar. Entretanto,
verifica-se que
as
decisões de permanecer, ou de abandonar o programa e as chances de um retorno à
escola após os períodos de infrequência dependeriam, por sua vez, do perfil do
jovem e dos níveis de participação e vínculos institucionais estabelecidos e
mantidos entre alunos e programa. (BRASI, 2010b, p. 35).
O
Quadro 2 mostra os níveis de infrequência registrados nas entradas E2009 e
E2010 em relação ao total de alunos matriculados nos meses de Julho/2010 e
Julho/2011, relativamente aos períodos de realização do curso, ou seja, a E2009
ocorreu de Abr/2009 a Out/2010; e a E2010 iniciou em Mai/2010 com término
previsto para Nov/2011.
Quadro 2: Percentuais de Infrequência em relação
ao total de alunos matriculados nos
meses
de Jul/2010 e Jul/2011
ENTRADA |
MATR. INICIAL |
TOTAL DE ALUNOS JUL/2010 |
% INFRE QUÊNCIA |
TOTAL DE ALUNOS JUL/2011 |
% INFRE QUÊNCIA |
||
MATRICULADOS |
NÃO FRE QUENTES |
MATRICULADOS |
NÃO FRE QUENTES |
||||
|
|
|
|
|
|
|
|
E2009 |
2.245 |
1.563 |
377 |
24,12 |
- |
- |
|
E2010 |
1.674 |
1.674 |
574 |
34,29 |
1.021 |
357 |
34,97 |
Fonte:
CMPJU, 2010, 2010a, 2010b, 2011a, 2011b.
Em Jul/2010, após concluído o 2o Ciclo do
curso, a E2009 registra 24,12% de infrequência, ou seja, cerca de 377 alunos mantiveram
frequência irregular no Programa até aquele mês, sendo este um dado que pode
ser tanto cumulativo, quanto específico àquele momento, uma vez que a infrequência
é variável conforme as idas e voltas dos alunos à sala de aula.
No mesmo mês, a E2010 registra 34,29% de infrequência, o
que corresponde cerca 574 alunos com faltas sistemáticas, não se podendo,
contudo, estabelecer comparações com a entrada anterior, no que se refere ao
total de alunos matriculados (base sobre a qual se procede o cálculo percentual
da análise desses dados), uma vez que este é igual à Matrícula Inicial e
corresponde aos meses iniciais do 1º Ciclo do curso, quando as ausências ou
ainda não se definiam como evasão, ou ainda não se haviam excluídos alunos considerados
oficialmente evadidos nesse período.
Agora, quando se verifica o percentual de infrequência
entre as duas entradas, no mesmo período, observa-se que a E2010, em apenas três
meses de curso, registrou 34,29% de infrequentes, ou seja, 10,17% a mais que a
E2009 nos seus quatorze meses. No entanto, quando se verifica este segundo
período, observa-se que o percentual de infrequência mantém-se praticamente
inalterado, com apenas 34,97%, ou seja, um acréscimo de apenas 0,76% em relação
ao período anterior.
Esse fato sugere que a infrequência está concentrada
principalmente no início do curso e, uma vez mantida até o final, passaria a
caracterizar a não permanência do aluno no Programa que, neste caso, estaria
igualmente concentrada no início do curso. Significa que, na condição de infrequente,
grande parte dos alunos estaria sob o risco de abandonar o curso ainda no 1º
Ciclo, mesmo não sendo desistente, por já tendo participado de alguma atividade
ou avaliação.
Além disso, observa-se que, decorridos quatorze meses do
Programa, a E2010 registra um decréscimo de 39% no número de matrículas,
passando de 1.674 para 1.021 alunos matriculados, o que amplia a probabilidade
de evasão alta no final do curso.
2.3 A permanência e evasão no final do curso
A permanência implica a manutenção do aluno em sala de
aula e, enquanto categoria, está associada a perdas relacionadas tanto à
desistência, que prescinde de quaisquer registros da efetiva participação do
jovem recrutado no Programa, quanto
[...]
a situações em que não foi possível a realização integral do curso por alguma
razão gerencial. São os casos das matrículas em núcleos que chegaram a iniciar
suas atividades, mas foram fechados; jovens que nunca chegaram a ser
enturmados; matrículas em núcleos que não chegaram a iniciar suas atividades e
matrículas em núcleos que permaneciam tardiamente em atividade. (BRASIL, 2010a,
p. 62).
As perdas representam, por conseguinte, a não permanência
no Programa, que se caracteriza, ainda, pela evasão ao longo do curso. Assim,
tanto esta quanto aquela somente pode ser mensurada observando-se o final do
fluxo de alunos matriculados, o que coincide com a conclusão do curso.
Por isso, por já ter sido concluída, apenas a E2009 será
tomada para análise, uma vez que, com a conclusão do curso, concluem-se também os
levantamentos de dados relativos à permanência e evasão, além de serem
informações mais precisas.
Com a finalização do curso, tem-se o aluno concluinte – aquele que, uma vez
ingressado efetivamente no Programa, e realizado atividades iniciais e
processuais, mantém-se até o final, participando da última avaliação formativa e/ou
do Exame Final Nacional Externo (BRASIL, 2010a), mesmo que não alcance a pontuação
mínima que lhe assegure a certificação.
Os Quadros 3 e 4 mostram, respectivamente, os percentuais
de permanência e evasão da E2009 em relação à matrícula inicial e ao número de
alunos concluintes, sendo esta analisada conforme a faixa etária.
Quadro
3: Entrada 2009: Percentual de permanência e evasão em relação à matrícula inicial
MATRICULA
|
NÃO PERMANÊNCIA (EVADIDOS) |
TAXAS % |
||
INICIAL |
FINAL (PERMANÊNCIA) |
PERMANÊNCIA |
EVASÃO |
|
2.245 |
1.214 |
1.031 |
54,08 |
45,92 |
Fonte: CMPJU,
2010c; BRASIL, 2010a.
A matrícula final refere-se “[...] ao registro de
participação do jovem em qualquer atividade final do curso: avaliação
formativa, exames externos entreciclos e exame final. A subtração entre a
matrícula inicial e a matrícula final resulta na estimativa de evasão.”
(BRASIL, 2010a, p. 62).
Da mesma forma, o total de alunos que compõe a matrícula
inicial é que possibilita o cálculo da taxa de permanência, sendo esta a razão
entre o número de alunos concluintes e a matrícula inicial, o que corresponde a
54,08% de permanência, ou seja, ao final dos 18 meses de curso, dos 2.245
alunos matriculados apenas 1.214 chegaram a concluí-lo, o que representa uma
taxa de evasão de 45,92% e revela que quase metade dos alunos matriculados
evadiram-se ao longo do curso.
É bastante sugestivo que grande parte da evasão no final
do curso decorre da infrequência ao longo dos meses, ou seja, a infrequência é
convertida em evasão, pois “Quanto maior o número e a duração das interrupções,
maiores seriam as dificuldades para o retorno do aluno e mais incisivos os
fatores associados às faltas e ao abandono” (BRASIL, 2010b, p. 36).
Quadro
4: Entrada 2009: Percentual de permanência por faixa etária em relação ao número
de alunos concluintes
FAIXA
ETÁRIA |
No DE ALUNOS CONCLUINTES |
|
MATRICULA
FINAL (PERMANÊNCIA) |
% PERMANÊNCIA |
|
18-20 |
312 |
25,70 |
21-24 |
366 |
30,15 |
25-29 |
536 |
44,15 |
TOTAL |
1.214 |
100,00 |
Fonte: CMPJU, 2010c.
A permanência no curso incide de forma diferenciada para
alunos de idades distintas, ou seja, verifica-se um aumento na participação
percentual das idades mais elevadas. Na faixa dos 25 aos 29 anos, o nível de
permanência dos alunos é de 44,15%, o que representa 18,45% a mais em relação à
faixa de 18 a 20 anos, com 25,70% de permanência; e 14% a mais em relação aos
jovens de 21 a 24 anos, que tem uma representação de 30,15% de participação
final no curso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista o objetivo deste artigo de analisar os
graus de permanência e de evasão no ProJovem Urbano de Teresina, serão
apresentadas como considerações finais algumas questões relativas à eficácia do
Programa, tendo em vista o alto grau de evasão (45,92%) e baixa permanência
(54,08%) na Entrada 2009; e o alto grau de evasão e infrequência na Entrada
2010, que, até Julho2011 (com quatorze meses de curso), registrou um índice
aproximado de 39% de evasão e 34% de infrequência, sugerindo a probabilidade de
alta evasão no final do curso quanto o foi a Entrada 2009.
Uma
vez que a eficácia “[...] traduz a capacidade do Programa produzir os
resultados esperados para seus beneficiários [...]” (BRASIL, 2010a, p. 63), e
está diretamente associado ao cumprimento da meta projetada e aos objetivos, os
resultados obtidos em termos de permanência e evasão sugerem que o Projovem
Urbano de Teresina não foi eficaz no cumprimento do seu objetivo central, já
que grande parte dos alunos que ingressaram no programa não o concluíram e, consequentemente,
não alcançaram a certificação.
Considerando-se
que os alunos “[...] que cursam classes noturnas frequentemente já passaram por
várias experiências escolares sem sucesso” (BRASIL, 2010b, p. 33), e que essas
experiências fortalecem o sentimento de incapacidade e baixa autoestima do
aluno, a questão que se coloca é saber o que leva o aluno a desistir do curso
ou abandoná-lo, em detrimento de toda a estrutura material e pedagógica que o
programa lhe oferece: material didático gratuito, benefício mensal, professores
qualificados, iniciação digital e profissional, além de uma coordenação local a
lhe dar o suporte necessário às suas atividades enquanto aluno do ProJovem
Urbano.
Na
escuta a relatos de alunos sobre as dificuldades enfrentadas para permanecer no
programa, os alunos referem-se, sobretudo, a questões pessoais, como as
obrigações familiares, problemas relacionados ao trabalho, à distância entre a
residência e o núcleo onde ocorrem as aulas e, principalmente, problemas
relacionados à família, tanto em relação aos filhos quanto aos relacionamentos
conjugais. Assim, do conjunto de fatores que podem influenciar negativamente na
sua permanência no curso, as obrigações familiares despontam como as mais
citadas em seus relatos. São essas obrigações que mais ocupam o tempo dos
alunos, impedindo-os, muitas vezes, de comparecer à escola (BRASIL, 2010b,
2010c).
Além
de dificuldades dessa natureza, citam-se, ainda: (a) dificuldades locais,
relacionadas à segurança e infraestrutura nos locais de residência, trabalho e
estudo, dificultando o deslocamento e acesso entre esses locais; e (b)
dificuldades na própria escola, em termos de infraestrutura ou de conflitos com
diretores e outros funcionários (BRASIL, 2010b, 2010c).
Em
detrimento dessas razões, existem dificuldades de ordem gerencial que levam a
perdas de alunos, ou seja, há situações em que “A queda do número de
matriculados não depende dos jovens, mas de condições gerenciais” (BRASIL,
2010a, p. 62) que contribuem para a não realização integral do curso. Entre
estas, citam-se os casos de matrículas em núcleos que iniciaram suas
atividades, mas foram fechados; jovens que nunca chegaram a ser enturmados;
matrículas em núcleos que não chegaram a iniciar suas atividades e matrículas
em núcleos que permaneciam tardiamente em atividade (BRASIL, 2010a).
Considerando-se,
pois, que essas dificuldades refletem, de certa forma, a própria dificuldade
dos gestores na implementação das ações, uma questão que surge é saber de que
forma essas ações são implementadas no nível local, tendo em vista que, para a
gestão do Programa nos estados e municípios, é necessária a criação de: (a) um
comitê gestor local, formado por representantes das secretarias estaduais,
municipais ou do DF, responsáveis pelas áreas de juventude, educação,
desenvolvimento/assistência social e trabalho; (b) uma coordenação local,
incumbida da operacionalização do programa em nível local, “[...] de modo a
alcançar o maior número possível de jovens excluídos, assegurando a permanência
dos alunos no curso com aprendizagem efetiva.” (CAIAFA SALGADO, 2008, p. 29).
Assim, a questão é saber como essa coordenação se constitui e se organiza na
implementação das ações, de modo a alcançar os seus objetivos.
THE EVASION IN URBAN PROJOVEM TERESINA:
FROM AN ANALYSIS OF THE CONCEPTS OF WAIVER, AND DO NOT STAY IN-RESIDENCE
PROGRAM
ABSTRACT: This
article has as objective to analyze the degrees of permanence and evasion in
Urban ProJovem of Teresina, being considered the number of pupils initially
registered in the Program, the desisting ones, the infrequentes, the ones
abandon that it throughout the course, and the ones conclude that it. One is
about an analysis of quantitative data, with support in bibliographical studies
and you register. The bibliographical reading is, in its majority, of authors
who had lived deeply the Program in its planning, implantation and
implementation, and in different contexts and angles; e the documentary study
is based on reports, lines of direction and operational procedures of the
execution in the city of Teresina. In the set, this referencial makes possible
to understand Urban Projovem of Teresina as part of a ampler totality. Moreover, it brings a possible data-collecting for
other studies, especially concerning identification of factors that lead to the
pupil to abandon the course. Structuralized in two parts, the first one
mentions the analyzed explanation of concepts and categories to it, considering
the Program in its general lines of direction. Second it specifically deals
with its execution in the city of Teresina, with the analysis of relative
quantitative data to the desistance and evasion in entrances 2009 and 2010. The
high degree of evasion and low the permanence in the course lead to the
conclusion of that the Program was not fully efficient, a time that the
objective and the foreseen goal total had not been reached, since great part of
the pupils ingressions had not remained in the Program.
KEY-WORDS: School Evasion. Urban Proyoung. Politics of
Youth.
REFERÊNCIAS
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[1]
Graduada em Filosofia pela Universidade
Federal do Piauí (1998). Mestre em Políticas Públicas pela mesma Universidade (2009).
E-mails: soniaferreira.smf@hotmail.com
[2] Professora Assistente pela
Universidade Federal do Piauí (UFPI), Economista (UFPI), Bacharela em Direito
(CEUT), Especialista em Controle Externo (FACID), Mestre em Políticas Públicas
(UFPI). E-mail: geysaelane@hotmail.com
[3] Esse benefício é
condicionado ao cumprimento de dois requisitos: a frequência de 75% da carga horária referente ao
período de concessão, e a elaboração das “sínteses interdisciplinares”, que
consistem em trabalhos solicitados aos alunos e que evidenciam o currículo
integrado no qual se fundamentam as diretrizes pedagógicas do programa.
[4] Durante os dezoito meses de curso,
os alunos do Projovem Urbano realizam dez avaliações, sendo uma diagnóstica e
nove de desempenho. Destas, três correspondem aos Exames Nacionais Externos, a
cada final dos três ciclos do Programa, e aplicadas pela Coordenação Nacional;
e seis Avaliações Formativas, a cada final das seis Unidades Formativas, realizadas
pelas Coordenações Locais e elaboradas previamente pela Coordenação Nacional
(BRASIL, 2010).
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